Desenhos mais que desenhados dos equívocos de Dilma

Da Redação Da Redação -

O câmbio do dólar está em plenos 3,04 reais. O real desvalorizado. A inflação já em 8,13%. O desemprego subiu 7,4% no primeiro trimestre. E Dilma com desaprovação e quase chegando na casa dos 70%. Tudo isso – e muito mais – é consequência dos erros da administração da petista e de sua campanha à reeleição.

Seja na economia, na política, no combate à corrupção e na governança, o atual Governo mostra-se incompetente para guiar o Brasil.

Deveria haver sinceridade e reconhecimento dos erros por parte da Dilma, algo que a presidente já mostrou que é incapaz de fazer.

O escândalo de corrupção na Petrobras, a rejeição adquirida pelo Partido dos Trabalhadores e aliados, essa “guerrilha política” promovida em qualquer ocasião contra qualquer voz ou força que traga consigo críticas que explicam essa reprovação enorme.

A propaganda que mostrava um Brasil diferente do qual vivemos, com apenas a intenção de ganhar da oposição foi totalmente desmascarada logo depois das eleições. As promessas ruíram. E o castelo de Dilma também.

A presidente garantiu que não alteraria nenhum benefício trabalhista por meio do batido “Nem que a vaca tussa”. Pois então, “a vaca tossiu” e forte! Dilma alterou o seguro-defeso, seguro-desemprego, entre outras leis trabalhistas conquistadas com sofrida e árdua luta.

Disse que não mexeria na taxa de juros e a alterou dias depois da vitória nas urnas. Adiou a divulgação de pesquisas econômicas que apontavam equívocos de sua gestão.

Tanto prometeu, tanto se aliou, tanto omitiu, tanto faltou com a verdade que agora ela se vê em um caminho sem volta e onde vai chegar só Deus sabe.

Pressionada pelo PMDB, grande “aliado” dela, fez a transferência de competências e atribuições da Secretaria de Relações Institucionais ao vice-presidente da República Michel Temer. Agora Temer nada mais é do que o articulador político do governo. Dilma foi obrigada a entregar o problema econômico na mão de Joaquim Levi, banqueiro e agora Ministro da Fazenda- e olha que disse que nunca entregaria a economia aos bancos, agora ela e seus aliados defendem (a correta) independência do BC (Banco Central do Brasil).

Dilma mostra nada mais do que medo. Medo do aliado se transformar em oposicionista. Medo de perder espaço no Congresso – algo que está escorrendo e pelas próprias mãos dela. Medo do acaso previsto por muitos.

Mas há uma solução para tudo isto. Uma solução grossa, curta e eficiente, que deveria ser adotada por Dilma Rousseff: sinceridade e reconhecimento dos erros. Porém, isso é algo que a presidente já mostrou que é incapaz de realizar. Não é mesmo?

João Gabriel de Paula Resende é estudante e militante da Rede Sustentabilidade. Agora colunista do Portal 6. Escreve todos os sábados.

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