“Não vou julgar”, diz Sonja após vazamento de áudio que mostra ela repreendendo diretora

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

O vazamento de um áudio em que a subsecretária de Educação, Sonja Maria Lacerda, repreende e pede para que a diretora do Colégio Estadual Padre Fernando Gomes de Melo, Sonia Pontes Ribeiro, suspenda “imediatamente” as atividades na unidade, ocupada por movimentos contrários ao modelo de OS’s na Educação, causou rebuliço nas redes sociais e constrangimento às autoridades da Regional de Anápolis.

No áudio, a subsecretária informa à diretora do ‘Padre Fernando’ que foi procurada por um pai “que nunca viu na vida” questionando “por quê nas outras escolas ocupadas não pode ter aula e lá está tendo?”. A subsecretária diz logo em seguida que espera um posicionamento da interlocutora e determina a suspensão imediata de atividades na escola.

Num outro trecho do áudio, Sonja lembra que a gestora e os demais servidores da unidade são subordinados à Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) e, portanto, a orientação superior para que as aulas não retornassem deveria ser cumprida.

“Qualquer arbitrariedade a respeito, a professora [Raquel Teixeira] vai se posicionar”, reforça a subsecretária que informa adiante que irá “comunicar imediatamente com Goiânia que vocês estão ministrando aula. É determinação, Sonia, e determinação a gente não discute”.

A gravação não traz a voz da diretora do Colégio ‘Padre Fernando’.

Ouça o áudio vazado e compartilhado nas redes sociais e grupos do WhatApp desde a noite de domingo (31). 

A reportagem do Portal 6 tentou contato com a diretora do Colégio ‘Padre Fernando’ pelos dois telefones da unidade escolar, mas não obteve sucesso.

Em entrevista por telefone, a subsecretária Sonja Maria Lacerda, disse que não irá “julgar” o vazamento do áudio e reforçou que a determinação da Seduce é para que não haja nenhuma atividade nas escolas até elas serem desocupadas, a exemplo do Colégio ‘Jad Salomão’, do bairro São Jorge, que retornou às aulas na última sexta-feira (29), após a saída dos manifestantes contrários às OS’s no dia anterior.

“Com a desocupação das escolas, retornaremos com as aulas imediatamente”, disse.

Procurada, a Seduce, por meio da assessoria de comunicação, não quis comentar o caso, mas esclareceu que é  “tarefa dos subsecretários regionais passarem as informações para o grupo gestor das unidades educacionais”.

 

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