Mais de 450 transplantes foram realizados em Goiás nos últimos seis meses

Carlos Henrique Carlos Henrique -

Durante o primeiro semestre de 2016, foram realizados 484 transplantes no Estado de Goiás. O número representa um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas a realização de 378 procedimentos. Apesar do aumento dos procedimentos, a taxa goiana de recusa familiar é de 63%.

Esse resultado foi obtido devido a 29 doações permitidas no Estado, o que representa um índice de 4,3 doadores por milhão. Para potencializar a ação em âmbito nacional, o Ministério da Saúde lançou a campanha Viver é uma grande conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras. A divulgação marca o mês de comemoração nacional do doação de órgãos.

Desempenho nacional

No primeiro semestre deste ano, o País bateu recorde de doador por milhão da população, com 1.438 doadores, 7,4% a mais que no mesmo período de 2015. Essas doações possibilitaram a realização de 12.091 transplantes entre janeiro e julho, registrando aumento nos procedimentos de órgãos mais complexos, como pulmão, fígado e coração, de 31%, 6% e 7%, respectivamente.

Embora o Brasil tenha avançado muito nos últimos anos, a taxa de aceitação familiar foi de 56% nesse primeiro semestre. No Estado de Goiás, 63% das famílias ainda rejeitam a doação de órgãos de um parente com diagnóstico de morte encefálica. Mesmo assim, o Brasil possui a menor taxa de recusa familiar entre os quatro maiores países transplantadores da América do Sul, como Argentina (49%), Uruguai (47%) e Chile (52%). Atualmente, 89% dos transplantes de órgãos sólidos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o País referência mundial no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo.

“Um dos nossos principais desafios atualmente é diminuir a taxa de recusas familiares à doação de órgãos. A família brasileira é tipicamente solidária e precisa ser bem informada e acolhida em momentos dolorosos, como a perda de um ente querido. É preciso mostrar que essa perda pode significar a vida de outra pessoa e, por isso, estamos empenhando todos os esforços necessários para capacitar os profissionais responsáveis pela entrevista familiar em busca da autorização para doação de órgãos, de modo a esclarecer todas as dúvidas e reduzir as taxas de recusa”, destacou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.

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