Mesmo após briga feia, segurança não será reforçada no Terminal Urbano de Anápolis

Responsáveis pelo prédio, CMTT e Urban fazem jogo de empurra e dizem que Polícia Militar é que deveria fazer a segurança no local

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Duas jovens brigam dentro do banheiro do Terminal Urbano de Anápolis. Minutos depois elas saem de lá e voltam a discutir no pátio. Em outra cena registrada por um cinegrafista amador a confusão já está dentro de um ônibus estacionado. As cenas de violência voltam se repetir outra vez no pátio até que populares conseguem apartar as duas depois de longos minutos de sopapos e puxões de cabelo.

Situações como essa, ocorrida no final da tarde da última sexta-feira (17), não são raras no único terminal de passageiros do transporte coletivo da cidade. As cerca de 100 mil pessoas que passam diariamente pelo local não têm segurança e estão vulneráveis a assaltos e agressões.

Procurado pela reportagem do Portal 6, o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT), Carlos César Toledo, contou que no mês de março instalará um guichê de atendimento no terminal para atender e fiscalizar in loco as queixas de usuários.

Entretanto, como admitido pelo chefe da companhia, somente isso não resolverá os problemas de violência. A bola por essa responsabilidade foi jogada para a Urban, concessionária do transporte coletivo há pouco mais de um ano, e ao Governo do Estado.

“Eles [Urban] têm hoje a concessão para gerir o terminal. Seria como uma empresa e dentro dela tem a prerrogativa de fazer essa segurança, mas segurança pública é responsabilidade do [Governo] Estado”, disse.

Instado a se manifestar, o diretor de operações da Urban, Humberto El Zayek, falou à reportagem que contratar um serviço de segurança particular seria inócuo.

“Não adiantar colocar mais seguranças porque eles não têm poder de polícia, não dá para substituir. Quem deve fazer a isso é a Policia Militar. O que está acontecendo é o que acontece na cidade inteira. Estamos vivendo uma crise [de insegurança] horrorosa. Não é de responsabilidade da Urban a questão da segurança interna”, argumentou.

O Portal 6 não conseguiu falar com o comando da Polícia Militar em Anápolis para comentar as declarações.

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