Quer vencer as dificuldades? Não reclame da vida, corra atrás e seja persistente

Carlos Henrique Carlos Henrique -

O olhar assombrado diante de um mar revolto que ameaça bravamente naufragar o barco de nossas vidas. No meio da tempestade vendo toda aquela imensidão infinita de águas com ondas imensas, agitadas, o desespero abraça – assim nos sentimos tantas vezes frente às adversidades em nossa existência. Olhamos para aquela vastidão de águas e nos sentimos sós. Águas profundas e sombrias, navegando solitário, a alma já desfalecida, tal como os que se assentam em trevas experienciando a sombra da morte, sem reação diante da dificuldade, como se seus pés estivessem presos a grilhões.

O coração grita e a cada palpitar a dor covardemente aumenta. Somente quem já experimentou um naufrágio interior, sabe o que é ficar ao sabor das ondas e o esforço descomunal que faz para nadar até encontrar terra segura. É um turbilhão acontecendo. Mesmo sem barco, nossos braços se esforçam para encontrar chão para os pés. Essa força é gerada em nosso ser, despedaçando as prisões interiores, quebrando os ferrolhos de ferro, as portas de bronze de nossa alma, o Eterno envia Sua Palavra e nos sara.

Se estiveres em meio ao mar, se agarre à fé, perca o barco, mas não perca a vida. Há ilhas e portos para pernas cansadas e braços desfalecidos! Sim, você será direcionado a eles.

Aqueles que não se rebelam contra o Eterno, que não despreza os Seus conselhos, esses clamam e são respondidos. Eventos ruins sempre irão colaborar para o nosso bem. A pior das tempestades não são aquelas que acontecem ao redor, e sim, as que se encontram em nosso ser, os furacões, os maremotos, o mar revolto que nos traz desistência e descrédito, essas ameaças que nascem e precisam morrer dentro de nós.

Pra tudo isso a vida nos reserva propósito. Se nenhuma onda brava nos tivesse atingido, jamais seríamos quem somos. Quando olhamos para trás e vimos quão longe chegamos, percebemos que tudo foi impulso para atracarmos no ancoradouro desejado. Se tivéssemos sido poupados, não estaríamos aqui.

Talvez hoje não reconheçamos que aquilo que nos acometeu, foi justamente a nossa salvação para que não nos abismássemos em águas terríveis e abissais mais à frente. E se tudo colabora para o nosso bem, também colabora para nossa mudança de pensamento, entendimento, direcionamento, atitudes, sempre também para o bem, de fato, o mal só engole quem dele se enamora.

Assim sendo, depois da tempestade vem a bonança. Somos libertos das angústias, a tormenta cessa. O oprimido se levanta e seus lábios se enche de riso, os inimigos de nossa alma são desbaratados e confundidos, o grito dos perversos que praguejava seu naufrágio é silenciado. E hoje, que o vento sopre em seu favor. Atraque em cais seguro!

Deniza Zucchetti é professora por vocação, quase Relações Internacionais, escritora por amor nas horas vagas e mãe de dois lindos filhos em período integral. Escreve toda semana.

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