Donos de postos de combustíveis e fiscais do Inmetro são presos em Anápolis

Empresários pagavam propinas para que os fiscais do órgão não somente ignorassem os testes em seus postos, mas davam dinheiro para eles irem fiscalizar postos dos concorrentes

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a Operação Pesos e Medidas, para desarticular um grupo criminoso que atuava no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Anápolis e Goiânia.

Segundo o delegado Antônio José dos Santos, chefe da Polícia Federal em Anápolis, foram presos dois fiscais do órgão e mais três donos de postos de combustíveis na cidade. Em Goiânia também foram presos mais cinco fiscais.

As investigações tiveram início em 2015 e conseguiram descobrir que fiscais do Inmetro recebiam propina durante a fiscalização feita em postos, na realização de testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível. Os funcionários do Inmetro também recebiam propina para, a mando dos proprietários de alguns postos, fiscalizarem outros postos concorrentes.

Um mandado de busca e apreensão na unidade do Inmetro em Anápolis também está sendo executado pela PF.

Ao todo, 90 policiais participam da operação, para cumprir oito mandados de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária . Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Anápolis.

Todos eles foram indiciados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e alinhamento de preços. Se condenados podem pegar até 12 anos de reclusão.

No momento, todos os presos estão na Superintendência da PF em Goiânia. De lá, todos eles serão encaminhados para o sistema penitenciário, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

Mais informações a qualquer momento.

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