‘Gigante’ preso em Anápolis é apresentado pela Polícia Civil do Amazonas

Segundo a polícia amazonense, mesmo na periferia, o suspeito por mandar matar soldado morava em uma "casa de alto padrão"

Da Redação Da Redação -

Rodolfo Barroso Martins, de 25, conhecido como “Gigante” foi apresentado na manhã desta sexta-feira (17) pela Polícia Civil em Manaus (AM).

Apontado como o responsável por ordenar a morte do soldado da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Paulo Sérgio da Silva Portilho, em maio, ele foi trasladado ontem (16) de Anápolis.

A prisão de Rodolfo ocorreu no último dia 09 de novembro após investigação conjunta das duas polícias o localizarem na região da Grande Jaiara.

De acordo o delegado Juan Valério, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) de Manaus, “Gigante” foi o responsável por autorizar a execução do soldado.

Na ocasião, a vítima foi dada como desaparecida no dia 26 de maio deste ano, e teve o corpo encontrado na tarde do dia 30 numa invasão da cidade. O mandado de prisão em nome de Rodolfo foi expedido no dia 1º de junho deste ano, pelo juiz Julião Lemos Sobral Júnior.

“Há cerca de um mês tivemos a localização exata do ‘Gigante’ no município de Anápolis, só que apesar de ser no interior de Goiás (GO), é uma cidade muito grande, bastante desenvolvida. Logo após sabermos onde ele morava, contatamos a Polícia Civil de Goiás para realizarem o apoio logístico, para que realizassem uma ação, coordenada pela DEHS, de vigilâncias e buscas em campo. Acompanhávamos em tempo real as incursões que eram feitas e, felizmente, em dois dias conseguiram capturar Rodolfo. Os policiais civis de Goiás efetuaram a prisão dele na frente da residência em que estava morando, uma casa de alto padrão. Em depoimento, ele nega tudo, dizendo que dentre os envolvidos, ele conhece apenas o “Índio”, que continua foragido” explicou.

Aao todo, 15 pessoas estão envolvidas na ação criminosa. Dentre elas, 12 já foram indiciadas pelo homicídio; três adolescentes foram apreendidos pela participação no delito; um jovem, identificado como José Isac Santos da Silva, o “Trem Bala”, foi encontrado morto no dia 3 de junho deste ano em um ramal na Rodovia AM-010. Um homem, identificado como Fábio Barbosa de Souza, o “Índio”, continua foragido.

Juan Valério disse, ainda, que “Gigante” tinha o domínio das ações no dia do crime. Ele era o único que poderia dizer para soltarem ou não o soldado Portilho, mas mesmo assim ele determinou a execução. Nos autos do processo, Rodolfo é ligado diretamente a “João Branco”, um dos chefes de uma facção criminosa que atua no estado. O infrator realizava o recolhimento do dinheiro oriundo da comercialização de substâncias ilícitas nos pontos de vendas de drogas na invasão Vila Buriti, todas as segundas-feiras.

Em depoimento, Rodolfo relatou que fugiu para Anápolis pois estava com medo de ser morto.

“Os envolvidos no crime relataram à polícia que temiam por suas vidas, que “Gigante” determinou a execução sem consultar a cúpula da facção que fazia parte. Os infratores pensavam que pelo número de pessoas envolvidas no homicídio, o caso ficaria no anonimato. Mas conseguimos delimitar quem estava envolvido na ação criminosa e as participações de cada um deles”, contou o delegado.

Rodolfo foi indiciado por homicídio qualificado e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) de Manaus, onde ficará à disposição da Justiça.

Com informações das polícias civis de Anápolis e Amazonas

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