Servidores que permitiam farra no presídio de Anápolis são denunciados pelo MP

Um dos funcionários também está sendo investigado por negar proteção e atirar em detento

Da Redação Da Redação -

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou o ex-diretor e outros dois servidores do presídio de Anápolis por cobrarem propina para deixar os presos saírem para festas, traficarem drogas e até manterem um motel dentro da unidade.

Ao todo, o acordo entre os suspeitos gerou um lucro de R$1 milhão, sendo que apenas o presos chegaram a movimentar R$ 5 milhões.

As investigações sobre o caso começaram com a deflagração da Operação Regalia, em 2016. Os mandados de prisão foram cumpridos em setembro e novembro de 2017 e, desde então, os suspeitos foram afastados dos cargos e são monitorados pela Justiça através de tornozeleiras eletrônicas.

Durante a apuração, foi constatado ainda que muitos presos ficavam sem trabalhar e mesmo assim tinham os dias de pena descontados como se estivessem trabalhando. Eles negociavam  ainda visitas para familiares e alguns detentos iam quase todos os dias em agências bancárias.

Agora o ex-diretor Fábio Oliveira dos Santos e os servidores Antônio Dias Ataídes Neto e Sóstenes Brasil Júnior deverão responder por organização criminosa, tráfico de drogas, prevaricação – crime restrito a servidores por serem omissos em relação aos crimes – e por ter dado permissão para que entrasse produtos ilícitos no presídio.

Ao G1, a promotora de Justiça Gabriella Clementino disse que o servidor Antônio Dias também será investigado por torturar um preso que pediu proteção.

“Determinado preso chegou no servidor, disse que estava com risco de vida, questionou, pediu proteção, mas, além de o manter na cela e não garantir a segurança, desferiu um tiro na virilha e isso caracteriza tortura”.

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