Já de alta, criança grávida de Goianésia namorava há um ano

Pai dela afirma não ter autorizado o relacionamento, mas que também não pode 'ficar junto direto, nem no colégio buscando"

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Grávida de 28 semanas e com suspeita de H1N1, a menina V.O.N, de apenas 11 anos, oriunda de Goianésia, deixou neste domingo (22) o Hospital Materno Infantil, em Goiânia.

Ela permanecia internada desde o último dia 14 e recebeu alta após os médicos da unidade verificarem  “que a paciente apresentava boas condições clínicas”.

Como o exames clínicos que esclarecerão se ela está ou não com o vírus foram feitos em Ceres, a 143km de Anápolis, a família deverá se deslocar até a cidade para pegar os resultados.

A investigação que está apurando a gravidez precoce da menina, no entanto, continua sob total sigilo da Justiça. O inquérito da Polícia Civil foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que também já se manifestou junto ao Poder Judiciário.

Ao G1, a delegada Poliana Bergamo contou que o pai do bebê, um menor de 17 anos, alega que já se relacionava com a menina há um ano e que não sabia que estava cometendo um crime.

“Mesmo se ela namora, mantém um relacionamento consentido ou se já teve experiência sexuais anteriores, é irrelevante o consentimento dela. Há uma presunção absoluta de violência nesses casos”.

Agora, ele deverá responder por ato infracional equivalente ao crime de estupro de vulnerável e, se condenado, poderá pegar até três anos de internação.

Já o pai da menina, que afirma ainda não saber como lidar com a situação, diz que não autorizou o namoro dos dois, mas que também não podia impedir que eles continuassem se relacionando.

“Quando ele falou para mim que ia namorar minha filha, [eu disse] mas ela é menininha, novinha demais. Não deixei, mas aí eu não posso ficar junto direto, nem no colégio buscando”.

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