Greve dos professores já atinge 25 mil alunos da rede municipal de Anápolis

Servidores querem complementação de reajuste, mas Prefeitura alega não ter margem orçamentária para o pagamento

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

A estratégia de visitas às escolas e CMEI’s pelo comando de greve do Sinpma tem dado resultado.

Nesta quinta-feira (10), o sindicato já contabiliza a adesão de 69 unidades da rede municipal que interromperam as aulas. Como consequência, cerca de 25 mil alunos estão em casa, conforme estimativa da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Mesmo com resistência interna, uma carreata percorre as ruas da região central da cidade como ato de protesto pelas reivindicações não atendidas junto ao Executivo Municipal.

A principal delas é a complementação de reajuste salarial conforme o percentual corrigido pelo Ministério da Educação ao Piso Nacional do Magistério. Já a Prefeitura de Anápolis pediu a compreensão dos professores alegando em nota que só poderá dar mais reajuste quando os gastos com a folha de pagamento atingir o limite prudencial, em 51%, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

No entanto, essa dificuldade orçamentária não é entendida pela ala mais radical entre os grevistas.

Na porta do Estádio Jonas Duarte, durante a concentração para a carreata, um professor que montou chapa para desbancar a atual presidente do Sinmpa, Márcia Abdala, chegou a dizer que a Secretaria Municipal da Fazenda (responsável por controlar os gastos da Prefeitura) não deveria “pautar” as decisões do prefeito.

“Essa gestão está sendo pautada pela Secretaria da Fazenda. Ninguém elegeu o Geraldo Lino [atual secretário] pra dizer quanto que vai ser gasto”, disse no vídeo a seguir.

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