Parque da Cidade muda de nome e começa a desenvolver projeto ousado

Antes abandonado, área verde quer ser referência em toda a região Centro-Oeste

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -

Construído como uma compensação pelo impacto das obras da Ferrovia Norte-Sul, o Parque da Cidade, na região Sul de Anápolis, nunca teve o mesmo prestígio que as demais áreas verdes da cidade.

Agora, quatro anos após a inauguração o local muda o nome para Memorial Vivo do Cerrado com um projeto audacioso de preservação ambiental e manutenção do principal bioma do Centro-Oeste.

Segundo o diretor de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Antônio Zayek, a proposta será executada pela Valec, estatal que constrói a ferrovia, com a missão de transformar o local em um santuário de espécies nativas e espaço de interação das pessoas com o meio.

Quando da construção da Ferrovia Norte-Sul, a empresa Valec fez com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) acordo de executar programa de compensação pelos impactos ambientais decorrentes da obra. A Valec pretende começar a execução do projeto até o início de novembro, por Anápolis. Técnicos da empresa e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Habitação e Planejamento Urbano se encontraram nesta semana para discutir e definir os últimos detalhes para formatação do plano de reflorestamento do Parque da Cidade, área localizada às margens da ferrovia.

Destaca o gestor, que o projeto prevê também a criação de trilhas nas áreas reflorestadas para que a população possa conhecer a diversidade biológica do cerrado e a riqueza de suas flores e frutos.

“O Parque, com seus 815 hectares de área, terá bosques de pequi, cagaita, cajus, barus e outras espécies do cerrado, um dos biomas de maior diversidade do mundo e que precisa ser preservado e estudado”, detalha.

Os bosques de plantas do cerrado têm como inspiração o sítio Burle Max, uma área no Rio de Janeiro onde o paisagista conseguiu reunir uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais com mais de 3.500 espécies.

“Queremos criar um espaço onde as pessoas possam tocar, cheirar e provar os sabores típicos da nossa região, que vêm se perdendo no tempo, mas que precisam ser reavivados e conhecidos pelas novas gerações”, acrescenta.

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