O que está acontecendo com motoristas bêbados que tentam dar carteirada em Anápolis

Titular da DICT, Manoel Vanderic também comentou sobre outra atitude que tem levado anapolinos direto para delegacia

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Beber e dirigir é uma combinação perigosa e gravíssima, que pode resultar em uma série de consequências, como acidentes fatais para o motorista, passageiros e até terceiros.

E, apesar disto, esse ainda é um hábito de muitos anapolinos, que semana após semana são flagrados bêbados por policiais da Delegacia de Trânsito (DICT), durante a Operação Direção Consciente.

De acordo com o delegado Manoel Vanderic, titular da DICT de Anápolis, também é muito comum encontrar pessoas neste estado que tentam aplicar carteirada, utilizando de privilégios na expectativa de evitar a prisão.

Resguardado pela Lei, que prevê fiança de um a 100 salários mínimos para pessoas que dirigem embriagadas, e que deve ser arbitrada conforme capacidade econômica e gravidade da conduta, o delegado tem adotado uma medida diferente para quem demonstra essa postura.

“Tento me pautar pela profissão, pelo salário e pelo carro, mas acontece muito de a gente fazer a abordagem e o motorista alegar que não sabemos com quem estamos mexendo, que é uma pessoa poderosa, que tem família importante. Neste caso digo que é ótimo, porque uma pessoa tão influente, de alta sociedade e com tantos conhecidos, pode pagar uma fiança mais alta”, afirmou.

Em todas as situações em que os motoristas tentam dar essa carteirada, a ação é gravada integralmente pelos policiais e os registros usados como justificativa para fixação do preço mais elevado de uma fiança.

“A própria Lei estipula que é a capacidade econômica que define o valor. Fazendo isso, o motorista faz uma prova contra ele mesmo, mostrando que é rico e pode pagar mais caro. Lembrando que isso não é algo que eu inventei e sim que está previsto na Lei”, disse.

Em tempo

Além das carteiradas, os agentes responsáveis pela Direção Consciente ainda têm encontrado dificuldades para a realização do teste do bafômetro. Por isso, são obrigados a tomar providências ao menor sinal de embriaguez.

“Antes tínhamos que liberar o motorista mesmo se ele estivesse caindo de bêbado e se recusasse a fazer o teste. Hoje, o bafômetro tem a mesma hierarquia que prova testemunhal, exame clinico, vídeo ou foto. Quando abordamos alguém, se essa pessoa tem sinal de embriaguez e se recusa a assoprar, ela vai ser presa. O bafômetro agora é uma garantia para o motorista demonstrar que o teor dele não está acima do limite criminal”, explicou.

Motoristas abordados só podem seguir viagem se o bafômetro apontar um índice menor que 0,34mg/l de álcool no organismo.

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