Irmão de motorista da Urban morto após atentado cobra Justiça e responsabilidade da empresa

Concessionária emitiu nota neste domingo (12) apresentando condolências aos amigos e família

Gabriella Licia Gabriella Licia -
Câmeras de segurança da Estação Central registraram o atentado. (Foto: Captura)

Em entrevista ao Portal 6 neste domingo (12), o irmão de Walisson Barboza dos Santos, motorista da Urban, que faleceu durante a manhã, acredita que o caso está longe de ser esclarecido e cobrou mais agilidade nas investigações e responsabilidade da empresa junto à família.

Segundo Átila Barbosa dos Santos, além do atentado em si, muitas outras coisas estão deixando os familiares de Walisson indignados. Ele contou que a vítima chegou a ser qualificada como “indigente” ao dar entrada no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (HEANA) e somente após a chegada de parentes é que isso teria sido corrigido na ficha do paciente.

“A empresa foi omissa, negligente e não ajudou a família psicologicamente. Não quiseram pagar um hospital particular para meu irmão e nem procuraram a família para nenhum acordo”, afirmou à reportagem.

A Urban, no entanto, tem versão diferente e diz que presta apoio à família do colocaborador. Durante a tarde, a concessionária do transporte coletivo publicou nota no Instagram apresentando ‘condolências aos amigos e família’.

O mais provável é que a situação acabe sendo judicializada, como deixou transparecer Átila.

“Eu acredito na Justiça brasileira. A gente vai resolver isso na Justiça e vai ser frisado todos esses pontos. O atentado contra a vida do Walisson foi um acidente de trabalho”, defende.

Ainda segundo Átila, a família tem acompanhado de perto a investigação da Polícia Civil. Para ele, ainda há algumas perguntas que precisam de respostas, como se a mulher que cometeu o atentado agiu a mando de alguém.

O velório e sepultamento do motorista deve ocorrer somente nesta segunda-feira (13). Ainda não foi informado horário e local.

Sofrimento

Logo após ser transferido de helicóptero para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage (HUGOL), Walisson chegou a reagir bem aos tratamentos, apesar das constantes quedas de pressão.

No entanto, por estar com 80% do corpo com queimaduras de 2º e 3º grau, ele precisou passar por um novo procedimento cirúrgico no quarto dia. A partir daí, o estado clínico dele só piorou.

Um quadro forte de infecção agravou a saúde do motorista e paralisou o funcionamento dos rins. Ele precisou passar por hemodiálise antes de vir a óbito.

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