Conecte SUS chega ao sétimo dia fora do ar após ataque hacker

Plataforma reúne ainda informações do histórico clínico dos pacientes, medicamentos dispensados e exames feitos

Folhapress Folhapress -
Ministro da Saúde Marcelo Queiroga (Foto: Andréia Verdélio)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta está trabalhando para restabelecer o Conecte SUS o “mais rápido possível”. O sistema está sem emitir o comprovante de vacinação contra a Covid desde a última sexta-feira (10).

Ele destacou que as redes internas da pasta voltaram a funcionar nesta quinta-feira (16). O Ministério da Saúde sofreu novo ataque hacker nos últimos dias e parte dos sistemas da pasta ficou indisponível.

“A questão do hacker está na Polícia Federal para identificar os criminosos e as medidas estão sendo tomadas para restabelecer a rede. As redes internas do ministério já foram restabelecidas e o Conecte SUS está em avanço para que volte a funcionar o mais rápido possível”, disse a jornalistas na porta do ministério.

O Conecte SUS reúne ainda informações do histórico clínico dos pacientes, medicamentos dispensados e exames feitos. Essas funcionalidades também não voltaram a funcionar.

O ministro Queiroga tinha afirmado que a ideia era colocar de volta no ar na terça-feira (14), mas depois alegou que o novo ataque poderia atrasar os planos.

“Falei que até amanhã. Aí houve esse outro ataque. Infelizmente somos vítimas dessas figuras”, disse o ministro na segunda-feira (13).

O problema no Ministério da Saúde ocorre em um período de pressão contra o governo federal pelo controle mais rígido das fronteiras, após a descoberta da variante ômicron do coronavírus.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o ataque hacker e avaliar a extensão da invasão perpetrada contra diferentes setores do governo federal desde a sexta.

Após o ataque hacker, o governo Bolsonaro anunciou que iria adiar em uma semana a aplicação das novas regras para o ingresso de viajantes no Brasil. As medidas entrariam em vigor no sábado (11), e viajantes sem vacina teriam de fazer quarentena de cinco dias.

Mas a nova forma de controle foi antecipada por decisão liminar de Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), divulgada no próprio sábado. Ele ainda mandou o governo barrar os não vacinados, com algumas exceções.

O STF formou maioria para estabelecer que os residentes do Brasil que deixarem o país a partir desta quarta-feira poderão retornar se comprovarem que tomaram o imunizante contra a Covid-19, ou se fizerem quarentena de cinco dias e apresentarem teste negativo.

Queiroga disse que aguarda a decisão final do Supremo para dar continuidade à nova portaria.

A Anvisa passou a exigir o certificado de vacinação de quem entra no Brasil por aeroportos ou na fronteira terrestre na segunda-feira (16).

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