Precisamos pensar no que está por trás no bloqueio do Telegram

José Fernandes José Fernandes -
(Foto: Reprodução)

O homem que comandará a justiça eleitoral esse ano, determinou o bloqueio do Telegram em todo país hoje. Um dos argumentos é que a plataforma não coopera e ignora as determinações judiciais. O responsável pelo Telegram já se manisfestou pedindo desculpa e que a Corte considere adiar a decisão de bloqueio por alguns dias…

E daí? Será o ensaio de um controle social? Será uma forma de manipular as eleições que se aproximam? Será uma ameaça para algumas candidaturas?

Hoje quero tratar sobre um dos poderes que regem a humanidade. O poder da informação! Sim! Ser informado é ser poderoso.

Aqui se explica o sucesso de banqueiros com informações de mercado. Se explica o poder de milícias e traficantes em agir sabendo os movimentos dos policiais, promotores e juízes. Se explica o oportunismo de lobistas cercando os gestores públicos. Se explica o suposto sucesso de políticos puxa-saco de políticos e tantos outros.

Seja o que for os argumentos para bloquear o Telegram, uma coisa é certa – o motivo maior é impedir o poder da informação.

É por isso que temos que ser sábios para informarmos por exemplo: a gravidade de uma doença ao doente, as lesões de uma criança estuprada aos pais, a tristeza de uma reprovação em um concurso, o impacto da redação de uma notícia veiculada na imprensa e demais.

Ciente desse poder, temos que falar pouco e ouvir mais, principalmente com quem nos rodeiam e não tem os mesmos sonhos, princípios e valores. Essa pessoa usará a informação que saiu da sua boca, para te atacar depois.

A política acelerou essa maturidade em mim. Torço para que todos desenvolvam o sentido da audição mais do que a fala, e descubram o poder da informação e a riqueza do silêncio.

José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo PSB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as visões do Portal 6.

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