Mulheres vítimas de violência em Goiás podem contar com rede nacional de acolhimento

Canal, idealizado por promotora de Justiça, presta todo o suporte voluntariamente

Augusto Sobrinho Augusto Sobrinho -

As mulheres vítimas de violência doméstica podem contar com o acolhimento da rede de voluntarias do Projeto Justiceiras, que desde o início da pandemia da Covid-19 já atendeu 169 casos em Goiás.

A ação, que oferece atendimento jurídico, psicológico e socioassistencial, foi criado para ser como uma “melhor amiga segurando na mão” dessas mulheres que passaram a conviver mais com os agressores.

“O Projeto Justiceiras é o primeiro acesso das vítimas a esse tipo de apoio. Mais de 50% das mulheres nunca haviam pedido ajuda em nenhum lugar”, afirma a a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Gabriela Manssur.

O pedido de socorro pode ser feito por meio do site Justiceiras na aba Procure Ajuda, pelo WhatsApp (11-99639-1212,), pelo e-mail gestã[email protected] ou pela conta do projeto no Instagram.

Dos 169 atendimentos em Goiás, 44 foram considerados com gravidade alta e 72 média. A cada 10 mulheres, oito tinham renda de até um salário mínimo e cinco estavam desempregadas (75 mulheres).

A maioria delas sofreram agressões dentro de casa (74,53%), as denúncias foram de violência psicológica (85,63%), violência patrimonial (36,25%), violência física (47,5%), ameaças (59,38%) e violência sexual (46,88%).

São mães (88), gestantes (4) e mulheres pretas, pardas e indígenas que recorreram ao Projeto Justiceiras para saírem de uma vida de violência com ajuda de outras mulheres. “Uma ação feita por mulheres e para mulheres”, afirma a idealizadora.

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