Pandemia de Covid-19 não foi capaz de impedir iniciativa de levar alegria a pacientes de hospitais em Goiânia

Grupo de voluntários que faziam animação hospitalar encontraram em ações sociais alternativa para continuar a ajudar famílias de pacientes no Hospital do Câncer

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Grupo Medicócegas deve retornar em breve a atuar em Hospital de Câncer Araújo Jorge, em Goiânia. (Foto: Reprodução).

A pandemia da Covid-19, em 2020, provocou mudanças na maneira de como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor.

Um dos grupos que foram afetados pelas medidas de distanciamento social impostas pelo problema de saúde pública foram os voluntários que trazem alegria aos pacientes internados em hospitais.

Criado em 2000, o Medicócegas foi um daqueles que tiveram de se reinventar para continuar funcionando e ajudando as pessoas. Com atuação no Hospital do Câncer Araújo Jorge, em Goiânia, a iniciativa buscou novas formas para agir.

Ao Portal 6, Janda Nayana, jornalista e membro da equipe há 17 anos, explicou que o coletivo teve que se reinventar ao longo de 2020, visto que a unidade de saúde suspendeu as visitas voluntárias como forma de garantir a biossegurança.

“Cerca de um mês após o primeiro decreto de ‘lockdown’ aqui em Goiás, a gente ficou sabendo de alguns pacientes que passavam por necessidades”.

“Então a gente começou a angariar recursos financeiros, doações de cestas básicas, kits de higiene e fomos descobrindo outras necessidades das famílias dos pacientes”, detalhou.

Dessa forma, o Medicócegas começou a arrecadar doações de equipamentos e remédios para manter o trabalho voluntário, mesmo sem poder fazer as animações hospitalares.

“A gente passou a conectar quem precisava de ajuda com quem tinha disponibilidade para ajudar. Assim, fomos criando uma corrente do bem, onde as famílias dos pacientes que não precisam mais de determinado material procuram a gente, para passar adiante esses materiais para quem está precisando”, exaltou.

Janda ainda relembrou a importância da animação hospitalar para os pacientes que estavam em tratamento de câncer, visto que é um procedimento muitas vezes longo e exaustivo.

“O grupo iniciou apenas na pediatria, mas passou também a visitar pacientes da enfermaria, pronto-socorro e UTIs. A gente passava de quarto em quarto, conversando, cantando, brincando, cantando música que os adultos pediam e músicas infantis para as crianças”.

“A gente busca levar alegria e lembranças boas nesse momento tão sensível. Já é comprovado cientificamente que ter um paciente bem-humorado ajuda a ter melhora no tratamento. Então é muito legal, esse momento de descontração, até mesmo para os servidores do hospital também terem um tempo para relaxar”, detalhou.

A voluntária ainda destacou que o Medicócegas aguarda apenas a liberação do Araújo Jorge para poder voltar a atuar de forma próxima aos pacientes internados após mais de dois anos sem visitas.

No entanto, o grupo também ajudou a colaborar com outras campanhas, como a de doação de sangue e uma visita aos pacientes de uma clínica em Aparecida de Goiânia.

 

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Um dos pioneiros da animação hospitalar em Goiânia, o grupo foi inclusive homenageado em uma cerimônia solene na Câmara de Vereadores do município, no dia 04 de março deste ano.

“A gente não busca reconhecimento, mas isso é uma prova de que estamos no caminho certo. O verdadeiro reconhecimento para nós é quando encontramos um ex-paciente ou família de pacientes nas ruas que lembram da gente, param, agradecem por ter ajudado. Isso é o que realmente importa”, salientou Janda.

 

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