Flórida avalia fim de benefícios fiscais à Disney

Distritos especiais foram promulgados no país antes de 1968

Folhapress Folhapress -
Disney se posiciona contra lei anti-LGBT nos EUA, e direita protesta em resposta (Foto: Flickr)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O estado da Flórida, nos Estados Unidos, avalia acabar com os benefícios fiscais à Disney após a empresa se manifestar contra um projeto de lei que proíbe o ensino de identidade de gênero e orientação sexual nas escolas infantis. Segundo o jornal Miami Herald, a Disney trabalhou nos bastidores para enfraquecer a medida e, além disso, anunciou que reteria contribuições para campanha política no estado.

A possibilidade de os benefícios serem cortados foi citada pelo governador Ron DeSantis em entrevista coletiva hoje. Ele afirmou que parlamentares do estado consideram término de todos os distritos especiais que foram promulgados na Flórida antes de 1968.

A medida, segundo o governador, acabaria com o Reedy Creek Improvement District, o distrito fiscal especial e órgão administrativo do Walt Disney World Resort.

Esse distrito foi criado por legisladores estaduais na década de 60 e compreende 39 milhas quadradas, duas cidades e terras nos condados de Orange e Osceola. Ele permite que a Disney atue com a mesma autoridade e responsabilidade que um governo do condado.

Na situação atual, a Disney pode controlar seu próprio zoneamento, possui polícia e corpo de bombeiros próprios e atua independentemente de todas as demais regras impostas aos municípios da Flórida.

Depois que um projeto de lei foi aprovado pelo ensino de gênero nas escolas, o CEO da Walt Disney, Bob Chapek, pediu desculpas aos funcionários pela maneira como a empresa lidou com sua posição sobre o projeto e disse que interromperia as doações políticas no estado.

No mês passado, Chapek se manifestou pela primeira vez após a empresa ser criticada por fazer uma doação de US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões na atual cotação do dólar) para a campanha de políticos que apoiaram um projeto de lei anti-LGBT+, intitulado “Don’t Say Gay”.

Segundo informações do Deadline, Chapek alegou que a Disney estava “trabalhando nos bastidores” com o intuito de convencer os senadores da Flórida.

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