Goiás fecha 2021 com superávit de R$ 807 milhões

Secretária de Economia apresentou relatório à Assembleia Legislativa também com alta na Receita Corrente Líquida

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Secretária de Economia apresentou resultados na Assembleia Legislativa. (Foto: Denise Xavier/Divulgação)

Goiás fechou 2021 com superávit de R$ 807 milhões, segundo relatório apresentado na última quarta-feira (27), pela secretária de Economia, Cristiane Schmidt, à Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa (Alego).

De acordo com o balanço, as receitas foram de R$ 34,846 bilhões, enquanto as despesas fecharam o ano em R$ 34,039 bilhões. O superávit de 2021 supera o de 2020, que foi de R$ 525 milhões, em 53,8%.

O relatório aponta ainda que o resultado primário do ano passado foi superavitário em R$ 3,361 bilhões, com alta de 24,32% em relação a 2020. Por outro lado, o nominal reverteu um déficit de R$ 164, 3 milhões de 2020 para um superávit de R$ 2,125 bilhões.

A Receita Corrente Líquida (RCL) fechou 2021 com R$ 31,54 bilhões, num aumento de 20% em relação aos R$ 26,32 bilhões do ano passado. O índice é parâmetro para vários indicadores da gestão fiscal e limite de gastos.

Isso porque, segundo a Secretaria de Economia, a arrecadação cresceu R$ 6,34 bilhões no ano passado. O destaque foi o ICMS, com R$ 5,36 bilhões e ITCD, com R$ 327 milhões. A alta se deu, conforme Schmidt, pela disparada da inflação, o que inviabiliza contração de mais dívidas.

“São receitas temporárias, que se devem ao IPCA elevado, não ao crescimento do PIB”, explicou. “Se aumentarmos despesas a partir disso, podemos ter um grande problema no futuro”, concluiu.

Goiás ingressou no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) em janeiro deste ano, depois de dois anos de suspensão das dívidas com a União por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O débito do Estado, portanto, pode ser renegociado e influencia nos resultados.

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