Otorrinolaringologista goiano fala o que é determinante para paralisia de Justin Bieber

Síndrome que atingiu o cantor pode causar perda de audição e dormência facial

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Leandro Azevedo. (Foto: Divulgação)

Na última semana, o cantor canadense Justin Bieber voltou a ser o assunto do momento nas redes sociais, após publicar um vídeo em que aparece com metade do rosto paralisado.

Durante a gravação, o artista explicou que foi diagnosticado com a síndrome de Ramsay Hunt, sendo esse o motivo do cancelamento da agenda de shows dele.

Desconhecida por muitos até o pronunciamento do cantor, a complicação é mais comum do que se imagina.

Ao Portal 6, o professor e especialista em otorrinolaringologia, Leandro Azevedo, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), explicou como se dá a atuação da síndrome no organismo.

“A Ramsay Hunt é uma paralisia facial periférica. Geralmente, ela está associada com lesões na orelha, mas é uma reativação de um vírus facial”, disse.

A síndrome tem uma atuação semelhante à infecção causada pela Herpes, sendo originada pelo vírus varicela-zoster (o mesmo da catapora).

De acordo com o profissional, após contaminação, a pessoa pode ficar com o vírus incubado durante muito tempo. Até que, em um dado momento, ele volte a ser reativado.

“Normalmente, o aparecimento se dá por estresse ou imunidade baixa. Se a pessoa estiver com esse vírus latente no organismo, ele fica latente pelo resto da vida”, ressaltou.

O especialista revelou ainda que alguns dos sintomas mais recorrentes entre os diagnosticados são: dor de ouvido, tontura e até perda de audição.

“Face dormente, paralisia facial, boca torta, vesícula na orelha, dor de ouvido e pode acontecer de alguns casos serem associados a perda de audição e tontura”, detalhou.

No entanto, ao contrário das demais infecções, a Ramsay Hunt não é contagiosa e pode ser facilmente controlada por meio de tratamentos médicos.

“A grande maioria das pessoas recuperam o movimento facial por meio de tratamento, mas ela pode voltar em algum momento”, contou.

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