Anapolino troca carro pela bicicleta e economiza R$ 350 por mês

Cássio Dourado começou a migração de quatro para duas rodas para melhorar rendimento em treino, mas também garantiu melhora para o bolso

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Bicicleta se tornou rotina para trabalhador em Anápolis. (Foto: Gabriel Vaz)

As dificuldades encontradas no trânsito, o volume de carros cada vez maior e o estresse fez com que muitas pessoas trocassem o conforto de um veículo pela praticidade e economicidade da bicicleta.

É o caso do anapolino Cássio Dourado, de 38 anos. Recentemente, ele optou por um modo de vida mais saudável e sustentável.

Morador Residencial Itatiaia, região Sul de Anápolis, ele percorre cerca de 8 km até chegar à empresa em que trabalha, como operador de caminhões, no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).

“Eu treino jiu-jitsu. Meu professor me disse que, para dar conta melhor do meu treino, eu tinha que correr, fazer uma caminhada ou até mesmo andar de bicicleta”, disse ao Portal 6.

O incentivo que partiu das aulas de luta, juntamente com a alta no preços dos combustíveis, fez com que Cássio trocasse de vez um meio de transporte por outro.

“Eu uni ao útil ao agradável e comecei a pedalar. As primeiras semanas foram muito difíceis, muito terrível mesmo, porque eu não tinha preparo nenhum. Agora eu estou me sentindo muito bem, já vai fazer um mês que eu abandonei o carro”, comemorou.

Mesmo com pouco tempo desde a decisão, o operador já notou uma diferença considerável nas despesas e também em relação à saúde.

“Jogando por baixo, o que eu economizei em combustível esse mês já chega a R$ 350. Pretendo continuar na bike, me sinto mais disposto o dia todo”, afirmou.

Dificuldades

Apesar da economia e dos benefícios para a saúde, todo ciclista enfrenta os perigos do trânsito e a falta de estrutura para se locomover de forma segura.

Até mesmo nas poucas ciclovias existentes em Anápolis, Cássio Dourado vem encontrando dificuldades.

“Aquela ciclovia [do DAIA] virou uma terceira faixa opcional para os veículos. Tem muito carro, muita moto andando ali e pouca bicicleta”, revelou.

“A gente anda devagar e os carros e motos ficam atrás da gente. Ficam bravos, buzinando, como se a preferência da fosse deles”, concluiu.

De acordo com Companhia Municipal de Trânsito, Transportes e Serviços Urbanos (CMTT), Anápolis tem mais de 15 km de malha cicloviária. Um dos pontos trazidos no Plano de Mobilidade da cidade é a preservação desses espaços.

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