Conheça a Equatorial, empresa que irá substituir a Enel na distribuição de energia em Goiás

No ranking da Aneel, que avalia prestação do serviço no país, empresa apresenta variações constantes nos estados em que atua

Emilly Viana Emilly Viana -
Concessionária aponta que subestações serão entregues neste ano (Foto: Divulgação)

Com a venda da Celg-D, da Enel, para a Equatorial, muitos goianos aguardam com ansiedade perspectivas de melhora no serviço de distribuição de energia elétrica. Desconhecida no Centro-oeste, a distribuidora atua em seis estados brasileiros e tem oscilado nas avaliações do serviço.

A Equatorial está presente no Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá. Trata-se do terceiro maior grupo de distribuição do país em número de clientes, atendendo cerca de 10 milhões de pessoas.

A prestação de serviço da empresa, porém, varia conforme o ano e o estado no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que avalia as melhores distribuidoras do país. No Maranhão, por exemplo, onde a empresa está há mais tempo, desde 2004, a distribuição já chegou a ser a melhor do país nos anos de 2015 e 2016.

Apesar disso, desde 2019, a empresa apresentou quedas significativas. Ficou em 8º lugar naquele ano e, em 2020, viu a avalição despencar para a 28ª colocação, sendo a segunda pior distribuidora do país. Com o resultado, a Equatorial ficou atrás da Enel, que esteve em 27ª posição.

No Pará, por outro lado, a distribuidora saltou do 33º, registrado em 2012, para ser a segunda melhor distribuidora de energia do Brasil em 2019. Ela se manteve na colocação no ano seguinte, porém, em 2021, caiu para o 7º lugar.

Chancela e transição

Agora, o acerto vai ser analisado pela Aneel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). É o que explica o advogado Gill Marcos de Oliveira, presidente da Comissão de Direito Especial de Energia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seccional Goiás.

Para ele, a aprovação do acordo tem cenário favorável. “Acredito que será autorizado em função da Enel não ter conseguido atingir o mínimo das metas para 2021 e não tem condições de atingir em 2022. Esses baixos índices vão facilitar a transferência para a Equatorial”, avalia.

O especialista destaca que a transição vai ocorrer paulatinamente, ou seja, a Equatorial vai assumir em conjunto com a Enel até ter o controle total da concessão. “Para o consumidor, o que pode ocorrer será somente demora nas respostas às solicitações, pois as empresas atuam de forma diferente”, alerta.

Todo o processo será fiscalizado pela OAB Goiás, por meio da comissão especializada. A entidade deve, ainda, sugerir melhoras e cobrar que os índices de fornecimento e continuidade sejam respeitados.

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