Delegado que investigou facada em Bolsonaro assume cargo de diretor na PF

Na PF há mais de 20 anos, Fernandes já havia sido indicado pelo diretor-geral da PF para assumir a coordenadoria desse mesmo órgão durante o governo Bolsonaro

Folhapress Folhapress -
O delegado Martin Bottaro Purper está há 17 anos na Polícia Federal e atuou recentemente em algumas operações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). (Foto: Ascom/PF)

O delegado responsável pela investigação da facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou durante evento de campanha em 2018 assumiu a Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal. A nomeação de Rodrigo Morais Fernandes foi publicada nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União.

Na PF há mais de 20 anos, Fernandes já havia sido indicado pelo diretor-geral da PF para assumir a coordenadoria desse mesmo órgão durante o governo Bolsonaro. Como é um cargo de confiança, a nomeação dependia da Casa Civil, que não deu andamento ao pedido.

O motivo do bloqueio da indicação é investigado no inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF, denunciada pelo atual senador Sergio Moro (União-PR) ao se demitir do Ministério da Justiça em 2020.

CASO DA FACADA

Foram feitas duas apurações sobre o ataque a Bolsonaro, que chegaram à mesma conclusão: Adélio Bispo agiu sozinho e sofre de transtorno delirante persistente, o que impede que ele responda pelo crime. No início do ano passado, a PF abriu uma terceira investigação sobre o caso.

Bolsonaro se queixou publicamente várias vezes sobre a investigação, apesar das conclusões.

Adélio foi preso no ato e confessou o crime. Ele está preso há cinco anos no presídio federal de Campo Grande, onde, de acordo com o colunista do UOL Josmar Jozino, já foi hostilizado e agredido por funcionários.

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