Quais são os nomes mais competitivos para disputar a Prefeitura de Goiânia com Rogério Cruz

Cientista política reforça três blocos de destaque, entre o MDB, o PT e o bolsonarismo raiz

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Edward Madureira (PT), Adriana Accorsi (PT), Daniel Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) (Imagens: Divulgação, Gilmar Felix/Câmara dos Deputadosl)

Apesar de ainda faltar mais de um ano para a disputa da cadeira da Prefeitura de Goiânia, já se fala dos possíveis rumos que a eleição pode tomar. Na capital, é provável a formação de quatro grandes blocos, de acordo com a cientista política Ludmila Rosa.

Assim sendo, Rogério Cruz (Republicanos), está na missão de fortalecer a influência e apoio na capital em busca de uma reeleição, cujos resultados irão ditar os movimentos dos demais.

“Rogério tem a máquina na mão, o que facilita que alguns acordos sejam celebrados. O cenário político vai depender muito da capacidade de articulação”, aponta Ludmila.

Diante disso, o segundo bloco a se destacar, para além do atual prefeito, é aquele pautado no bolsonarismo raiz, que, apesar de ter sido derrotado no Governo Federal, possui forte base em Goiás.

A cientista política reforça que há políticos que reconhecem o potencial de articulação, o público numeroso e o dinheiro que esse bloco possui, o que deve ser explorado por alguns nomes que podem até impedir a reeleição de Rogério Cruz.

Entre eles, Gustavo Gayer (PL), aliado fiel do ex-presidente e candidato à Prefeitura de Goiânia em 2020. Em 2022, foi o segundo deputado federal mais votado e, em 2024, estará no meio do mandato. Outro destaque é Vanderlan Cardoso (PSD), candidato em 2016 e 2020 e que estará cumprindo mandato de senador.

O terceiro bloco é o do MDB, que originalmente foi o partido que elegeu Maguito Vilela para a Prefeitura de Goiânia. “Acho que Daniel Vilela, como presidente regional do partido, tenha interesse em fazer prefeituras em Goiás, principalmente na Região Metropolitana”, explica Ludmila, que ressalta o histórico de candidaturas fortes em Goiânia.

Para ela, o último bloco de destaque é aquele que alinha com o Governo Federal. “Por mais que o estado seja muito conservador e não tenha uma tradição de eleger candidaturas mais a esquerda, isso não se verifica em Goiânia. Desde a redemocratização, tivemos alguns prefeitos do PT. Adriana Accorsi tem votação e não abrirá mão de ter uma defesa mais enfática do governo nacional”, disse Ludmila.

Além disso, por ter experiência como delegada, Adriana pode dialogar fora da bolha centro-esquerda em Goiás, o que apresenta risco para o atual prefeito.

Outro nome que pode ganhar força é do ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), que já tem se articulado e revelou disposição para a Prefeitura.

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