Por que família está lutando para que Maria Gabriela seja considerada ‘heroína de Goiânia’

Mulher impediu que diversas vidas fossem perdidas após o acidente com o césio-137, na capital

Pedro Hara Pedro Hara -
(Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Todo morador de Goiânia certamente já ouviu sobre a história do césio-137, maior acidente radioativo do Brasil, ocorrido no Centro da capital, em 1987.

Uma das vítimas da tragédia, Maria Gabriela era esposa de Devair Alves Ferreira, dono do ferro velho onde a cápsula contendo o material radioativo foi desmontada.

O composto químico saiu de um aparelho de radioterapia abandonado. No local em que na época funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia.

Agora, a família luta para que ela seja considerada uma ‘heroína de Goiânia’. Haja visto que, por levar a cápsula até a Vigilância Sanitária, a mulher poupou a vida de centenas de vítimas.

Ela foi até o órgão após notar que Devair e o cunhado apresentavam sintomas como tontura e náuseas, depois do contato com a substância.

Apesar da ação rápida, a grande exposição a radioatividade durante o transporte acabou tornando Maria Gabriela uma das vítimas fatais. Ela faleceu em outubro de 1987, um mês após o acidente.

À época, o Estádio Olímpico, no Centro da cidade foi usado como local de triagem para possíveis contaminados pelo césio. Cerca de 100 mil pessoas passaram pelo lugar.

Uma sequência postada no Twitter contou a história dela. Nos comentários internautas lembraram que não existe nenhum lugar em Goiânia que faça homenagem a ‘heroína invisível’.

O esquecimento vai na contramão de outras figuras que faleceram recentemente e receberam várias homenagens em ruas e monumentos da capital, como são os casos de Iris Rezende, Maguito Vilela e Marília Mendonça.

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