Justiça espanhola aceita denúncias de entidades brasileiras em caso Vini Jr

Chefe da Instituição Nacional de Direitos Humanos na Espanha, Ángel Gabilondo, declarou seu repúdio ao ocorrido e endossou o pedido feito pelas organizações

Folhapress Folhapress -
Vinicius Júnior jogando pela Seleção Brasileira. Atacante foi vítima de racismo enquanto defendia o Real Madrid. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça espanhola aceitou as denúncias de duas entidades brasileiras no caso de racismo contra Vinícius Júnior.

O Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) tiveram suas denúncias aceitas pela Defensoria do Povo da Espanha.

As entidades apresentaram, na última segunda-feira (22), uma denúncia pelos frequentes atos de racismo sofridos por Vini Jr, ressaltando o caso mais recente na partida entre Real Madrid e Valencia, pela 35ª rodada da La Liga, no Estádio Mestalla.

O chefe da Instituição Nacional de Direitos Humanos na Espanha, Ángel Gabilondo, declarou seu repúdio ao ocorrido e endossou o pedido feito pelas organizações.

“Em qualquer caso e em qualquer situação, consideramos os insultos racistas absolutamente rejeitáveis, porque afetam integridade e direitos fundamentais. E, portanto, merecem ser condenados e denunciados”, disse Gabilondo.
A Defensoria do Povo pressionou o Conselho Superior dos Esportes, na Espanha, para saber quais as próximas ações efetivas mediante às denúncias. A informação é do El País.

“A intervenção da instituição responde a denúncias recebidas ontem, 24 de maio, de duas organizações da sociedade civil brasileira por incidentes “de cariz xenófobo e racista” ocorridos durante o referido jogo de futebol. A Lei 19/2007, de 11 de julho, contra a violência, o racismo, a xenofobia e a intolerância no esporte estabelece que as atividades esportivas devem ser um espaço livre de qualquer tipo de discriminação e violência.

Com esta ação, a Ouvidoria solicita informações ao CDS sobre as ações que possam ter sido realizadas sobre esses eventos no âmbito da Comissão Estadual contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte, que contempla a referida Lei”, consta em trechos do comunicado da Defensoria do Povo.

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