Polícia investiga casa de idosos suspeita de dopar pacientes para não aumentar quantidade de cuidadores

Na residência, foram encontrados diversos medicamentos sem receita, além de receituários preenchidos sem a devida prescrição médica

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Medicamentos encontrados dentro da Polícia Civil.
Medicamentos encontrados dentro da Polícia Civil. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

Uma casa de idosos localizada em Valparaíso de Goiás está sendo investigada pela Polícia Civil (PC) suspeita de dopar pacientes para não precisar aumentar o número de cuidadores durante o período noturno. Segundo a corporação, o local abriga 38 internos e apenas dois funcionários.

A operação aconteceu na última semana e teve início  após o recebimento de denúncias de irregularidades no espaço. Durante o dia, foram feitas diligências por parte dos agentes, mas nada foi encontrado.

Ao retornarem ao local pela noite, já com mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça, os policiais puderam verificar a real situação dos idosos.

De acordo com a PC,  foram encontrados diversos medicamentos sem receita, como morfina, além de receituários preenchidos sem a devida prescrição médica.

Próximo dos alimentos, os agentes ainda encontraram um pilão que supostamente era utilizado pelos funcionários para macerar os medicamentos, assim como vários potes com comprimidos e os nomes dos pacientes.

Além dessas irregularidades, os policiais também flagraram idosos dormindo nos corredores e na sala de fisioterapia. Baratas também circulavam pela despensa.

Tanto os medicamentos quanto as imagens da câmera de segurança local foram apreendidos e as cuidadoras que estavam no local foram ouvidas e liberadas logo em seguida. A responsável pela casa de idosos não foi localizada pela PC no dia da operação.

Segundo a corporação, ela deve responder pelo crime de expor ao perigo a integridade da saúde, física e psíquica dos idosos e por fornecimento de medicamento sem receita médica. Agora, todos os pacientes estão sendo acompanhados pela Assistência Social do município e pelo Ministério Público de Goiás.

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