Goiânia está na mira para se tornar o mais novo destino turístico inteligente do país

Receber o selo de DTI significa que a capital terá incentivo para investir no turismo, além de maior facilidade para captação de recursos

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Vista aérea de Goiânia à noite. (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia).

Goiânia, capital da pamonha e da música sertaneja também abre caminho para se tornar um Destino Turístico Inteligente (DTI) –  título dado aos locais que oferecem infraestrutura, diversidade e ideias inovadoras tanto para moradores quanto turistas. Tudo isso, sem abrir mão da sustentabilidade.

O conceito é de origem espanhola e está na mira do Ministério do Turismo (MTur), que implementou a Estratégia Nacional DTI Brasil.

A expectativa da capital goiana é alta e tem fundamento. Por meio de análise com base em governança, inovação, tecnologia, sustentabilidade, acessibilidade, promoção e marketing, segurança, mobilidade e transporte e criatividade, o MTur selecionou 21 municípios na penúltima fase, sendo que Goiânia se classificou em segundo lugar no ranking, atrás apenas de Foz do Iguaçu (PR).

De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo, seccional Goiás (ABBTur), Giovanna Tavares, Goiânia é uma cidade com todo potencial para se tornar DTI.

“Tem bom acesso como rodoviária e aeroporto, 170 hotéis, diversidade de atrativos, eventos corporativos e técnico-científicos. O entretenimento e gastronomia não perdem para nenhum lugar do Brasil”, destacou ao Portal 6.

Uma vez classificada na fase final, com publicação prevista para o dia 07 de julho, a capital receberá um Plano de Transformação. Com consultoria do Ministério do Turismo, o documento é uma série de adequações endossadas pelo órgão para que a cidade tenha êxito nesse período de transição e garanta o selo.

Segundo o presidente Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul), Valdery José da Silva Júnior, a desclassificação de Goiânia é improvável.

Então, ao receber o plano, a cidade irá iniciar uma sequência de ações, como a implementação de projetos já existentes e aqueles propostos pelo ministério, com o intuito de solucionar e melhorar as questões que barram o turismo. Se bem sucedidas, resultarão no recebimento do selo de DTI até o final deste ano.

Entre os pontos de atenção que a presidente da ABBTur-GO destaca e que provavelmente estarão no Plano, está o mapeamento de atrativos, divulgação e acessibilidade.

“Goiânia pulsa. Precisamos organizar as informações dos atrativos, como museus, praças e feiras em aplicativos para que o turista possa se mover. Para conseguir explorar uma cidade, é preciso um bom mapeamento, além de torná-la acessível para todos, melhorando calçadas, rampas, espaços sanitários em teatros, hotéis e mais.”

Valdery aponta que há uma série de projetos que a Agetul pretende emplacar, como de sinalização turística, revitalização do centro, organização do cinturão da moda da 44 e Calçada da Fama da Música Sertaneja.

Diante disso, receber o selo de DTI significa que Goiânia terá incentivo para investir no turismo, além de maior facilidade para captação de recursos e apoio do próprio MTur.

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