Estudante da UEG denuncia perseguição após não ceder às investidas sexuais de professor

Caso já foi levado às esferas administrativas da instituição e também à PC; docente nega e diz que está sendo injuriado

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Universidade Estadual de Goiás (UEG). (Foto: Divulgação)

Uma história polêmica vem chamando a atenção no Campus Henrique Santillo, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis, após uma estudante sustentar que está sendo retaliada por um professor do curso por não ceder às investidas sexuais do profissional.

Conforme apurado pelo Portal 6, a jovem, de 24 anos, passou a frequentar um laboratório da instituição, ainda em fevereiro deste ano, para cumprir horas extras curriculares.

No local, ela conheceu o docente, de 58 anos, que se tornou tutor da estudante, após ela conseguir uma Bolsa Permanência em abril, para dar prosseguimento aos estudos.

Inicialmente, ambos mantinham uma relação amistosa, mas o professor teria começado a demonstrar interesse na jovem, aumentando aos poucos o grau das investidas.

A estudante alega inclusive que o homem teria tentado passar a mão no corpo dela e chegou a fazer perguntas de cunho sexual por mensagens de WhatsApp.

Cansada da insistência do tutor, a jovem tentou dar um fim a essas investidas, mas, segundo ela, passou a ser perseguida pelo professor por conta das recusas.

Como? Ele teria usado a influência que tem na instituição para proibi-la de entrar no laboratório, prejudicando os estudos e a carreira acadêmica da jovem.

Assim, a estudante formalizou uma denúncia na Ouvidoria da UEG. A Polícia Civil (PC) também já entrou no caso.

Sobretudo, porque o professou buscou as autoridades polícias para dizer que está sendo difamado e caluniado pela estudante na instituição.

Procurada pelo Portal 6, a UEG de manifestou em nota informando que apura a denúncia por meio de sindicância e garante que a estudante não tem mais contato com o professor.

A íntegra da reposta pode ser lida a seguir:

A propósito das informações solicitadas pelo Portal 6, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) explica que a partir do momento que tomou conhecimento das denúncias da discente por meio de e-mail enviado à coordenação do Câmpus Central e também via Ouvidoria, já deu encaminhamento legal para a apuração dos fatos. Foi instaurada uma sindicância, procedimento investigatório que busca apurar situações irregulares no serviço público. A UEG também tomou as providências necessárias para que a discente não tenha mais contato com o professor.

A Universidade destaca que qualquer tipo de assédio não é tolerável dentro da instituição e que todas as medidas estão sendo tomadas para que o caso seja apurado da forma mais correta e célere possível.

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