Sindicatos estão mobilizando servidores para voltar à Câmara de Anápolis

Nos bastidores, a costura feita tanto no Executivo Municipal quanto no Legislativo anapolino é por uma tentativa de acordo, mas não de recuo

Samuel Leão Samuel Leão -
Servidores públicos municipais no estacionamento da Câmara Municipal de Anápolis em dia de sessão extraordinária. (Foto: Elvis Diovani/ Portal 6)

Os três maiores sindicatos municipais de Anápolis sinalizaram nesta quinta-feira (13) ao Portal 6 que estão mobilizando servidores para acompanhar presencialmente as votações dos projetos de interesses das categorias na Câmara Municipal.

“Seja [com] sessão ordinária ou extraordinária”, adiantou Grattony Gratão, presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Anápolis (SindiAnápolis).

“Se for para votação, todos nós professores e servidores estaremos na Câmara para protestar contra o projeto”, acrescentou Márcia Abdala, presidente do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (Sinpma).

“Já encaminhamos ofício conjunto ontem (12) e hoje (13) vamos encaminhar outro, tanto para a Câmara quanto para o prefeito [Roberto Naves]. A deliberação de todos os filiados foi a supressão total da minuta e a devolução para ela ser trabalhada e discutida dentro dos conselhos, com a contribuição dos sindicatos”, expressou a representante do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SindSaúde), Silvia Regina.

A pressão não é por menos. Eles sabem que nos bastidores a costura feita tanto no Executivo Municipal quanto no Legislativo anapolino é por tentativa de acordo, mas não de recuo.

“Imaginamos que vá para o mês de agosto, mas temos um percentual muito grande de servidores mobilizados. Levaremos faixas e cartazes reafirmando que não aceitamos as alterações”, adiantou Grattony.

O que está em jogo

O Executivo Municipal quer fixar a necessidade de participação do Instituto de Seguridade Social de Anápolis (ISSA) na discussão de qualquer alteração salarial dos servidores municipais. É como se o presidente da República perguntasse ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quanto ele poderia conceder de aumento a um aposentado e não quanto ele realmente merece receber.

Antes, no entanto, era pior. O projeto original enviado pelo prefeito Roberto Naves queria aumentar de 14% para até 22% o percentual de contribuição previdenciária dos servidores.

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