Conheça a história do goiano que ficou milionário ao ganhar o maior prêmio de loteria do mundo

Ao saber que era o vencedor, autoridades policiais e mercenários tiveram que defendê-lo até que ele assegurasse o montante

Davi Galvão Davi Galvão -
Aposentados e pensionistas
(Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil)

Foi em 1975, quando na pequena cidade de Iporá, no interior de Goiás, o Brasil conheceu o ganhador do maior prêmio pago em todo o mundo, até então, a um apostador.

Em uma entrevista concedida à TV Globo, o país ficou em choque ao ver o homem, extremamente humilde, banguelo e com um revólver na cintura perguntando se o valor seria suficiente para colocar dentes na boca.

Acontece que Miron Vieira, aos 38 anos, não fazia ideia da dimensão da fortuna que havia acabado de abocanhar. Com uma simples aposta de CR$ 3 (cruzeiros), conquistou o valor de incríveis Cr$ 22.068.209,86. Atualmente, tal quantia equivaleria a cerca de R$ 50 milhões.

Após saber que era o grande vitorioso da Loteca, concurso da época, por questões de segurança, o sortudo teve de ficar escondido em uma fazenda na cidade de Ivolândia, onde residia, sob a proteção do delegado local e de outros quatro peões armados.

Goiano ganhou o maior prêmio do mundo entre as loterias da época. (Foto: Reprodução)

Já pela madrugada, foi transportado em um avião enviado pelo próprio secretário do Interior e Justiça até a sede da Caixa Econômica Federal, onde foi recebido com todas as honrarias e acompanhamento da mídia.

O homem era bastante conhecido na cidade em que morava, já tendo até mesmo sido convidado para ser vereador. Casado e pai de seis filhos, usou o dinheiro para comprar fazendas em Ivolândia, Iporá e Moiporá, além de propriedades em na capital. Para investir na fortuna, comprou 3 mil cabeças de gado, além de carros e itens para agropecuária.

Após a fama, teve de lidar com diversos pedidos de ajuda que chegavam de todo o país em formato de carta, além de parentes misteriosos que surgiam aqui e acolá. Houve quem também pediu dinheiro emprestado, mas a resposta era sempre a mesma: dado jamais, trabalhado, sempre.

Miron morreu em 28 de janeiro de 2020, aos 83 anos, em decorrência de um câncer de próstata. Passou os últimos momentos na Fazenda Boa Esperança, adquirida justamente com o dinheiro que adquiriu com o prêmio.

Miron Vieira mudou a condição de vida da família. (Foto: Reprodução)

Apesar de ter investido em diversas áreas ao longo da vida, teve de vender diversos bens para pagar dívidas, além de, nos últimos anos, ter feito diversos empréstimos em bancos e pego dinheiro com agiotas.

Além disso, doou 80 hectares de terra para todos os filhos, mas se envolveu em uma extensa disputa judicial com um deles, após o jovem vender a propriedade em decorrência da vida boêmia e do vício em drogas, passando a exigir cada vez mais dinheiro.

Apesar de não ter morrido rico, conseguiu conceder para a esposa e descendentes muito conforto, educação e uma vida digna.

*Com informações do O Hoje

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

+ Notícias