Lewandowski minimiza críticas sobre segurança pública e diz que tema compete aos estados

Declaração do ministro foi dada depois de o ministro Paulo Pimenta (Comunicação Social) apresentou dados de uma pesquisa que mostra que o presidente Lula (PT) teve queda na aprovação em razão de problemas de segurança pública e saúde

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Lewandowski frisou que o Executivo Federal tem instrumentos limitados para atuar no tema, segundo o que prevê a Constituição (Supremo Tribunal Federal). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Durante reunião nesta segunda-feira (18), o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) minimizou as críticas ao governo federal pela atuação na segurança pública e ressaltou que essa área é sobretudo de responsabilidade de estados e municípios.

De acordo com os relatos de ao menos três participantes do encontro, Lewandowski frisou que o Executivo Federal tem instrumentos limitados para atuar no tema, segundo o que prevê a Constituição.

A declaração do ministro foi dada depois de o ministro Paulo Pimenta (Comunicação Social) apresentou dados de uma pesquisa que mostra que o presidente Lula (PT) tem os piores índices de aprovação no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro, em razão de problemas de segurança pública e saúde.

Lewandowski também justificou a fuga de dois detentos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN). Afirmou que uma vez que os prisioneiros conseguiram escapar, é difícil capturá-los, mas disse acreditar que eles estão cercados e que o cerco está diminuindo.

O ministro também mencionou preocupação com segurança cibernética e citou um acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) voltado para o assunto.

A segurança pública é um dos temas mais sensíveis para o governo federal justamente porque impacta negativamente nos índices de aprovação da gestão e porque é uma área em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se sai melhor, segundo pesquisas de opinião.

Durante a reunião ministerial desta segunda, Lula cobrou seus ministros para que saiam em defesa do governo federal e não apenas de suas próprias áreas e ações.

O mandatário pediu “transversalidade” da sua equipe para rebater as críticas e divulgar as medidas do governo, além de mais viagens aos seus ministros e maior presença em redes sociais, para que expliquem as ações da gestão petista.

O encontro foi marcado para que Lula fizesse cobranças em meio a dados negativos sobre sua popularidade. Pesquisa divulgada pelo Ipec no início do mês mostrou piora nos índices de aprovação de Lula.

Consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2023. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.

O presidente, no entanto, afirmou que não se impressiona com as pesquisas desde 1989. Era uma referência à primeira vez que disputou a Presidência da República e acabou derrotado. Disse que seu governo está “entregando muito”, e que a sua situação política deveria estar melhor.

Lula acrescentou que todos os ministros precisam ter conhecimento das ações do governo, para melhor divulgá-las.

Além de Lewandowski, a ministra Nísia Trindade (Saúde) também justificou as ações de sua pasta e rebateu críticas que tem recebido. Ela falou sobre a epidemia de dengue, a morte de ianomâmis, crises com hospitais federais do Rio de Janeiro.

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