Temporais no RS deixam 10 mortos e 21 desaparecidos

2,5 mil pessoas também tiveram que deixar suas casas por conta dos estragos

Folhapress Folhapress -
Temporais no Rio Grande do Sul. (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

ISABELA PALHARES E CARLOS VILLELA

SÃO PAULO, SP, E PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul deixaram dez mortos e 21 desaparecidos até o início da manhã desta quarta-feira (1º). Mais de 2.500 pessoas também tiveram que deixar suas casas por conta dos estragos provocados pelos temporais.

A FAB (Força Áerea Brasileira) foi acionada na noite de terça-feira (30) para ajudar no resgate de pessoas ilhadas na região de Santa Cruz do Sul, Sinimbu e Candelária. Dois helicópteros foram selecionados para a missão.

A orientação dada às famílias ilhadas é para que façam sinais luminosos para auxiliar no resgate.

Segundo a Defesa Civil, ao menos cinco pessoas morreram na madrugada desta quarta em função das fortes chuvas. Em Salvador do Sul, um homem de 47 anos morreu após um deslizamento de terra, e um segundo óbito foi confirmado ao meio-dia, ainda sem mais detalhes.

Em Segredo, um homem de 62 anos morreu ao tentar passar de carro por uma área alagada. Em Santa Maria, uma idosa de 85 anos também morreu após um deslizamento de terra.
Também foram registradas mortes em Paverama, Pantano Grande, Itaara, Encantado e Santa Cruz do Sul.

Ainda segundo a Defesa Civil, 1.431 pessoas estão desabrigados e 1.145 estão desalojados. Ao todo no estado, são 19.110 afetados pelas chuvas.

Ao menos 104 cidades gaúchas registraram danos e ocorrências por causa dos temporais. Nas estradas havia pelo menos 47 trechos com bloqueio em todo o estado, em 22 rodovias estaduais e sete rodovias federais.

Pontes também caíram. Na cidade de Santa Tereza, no vale do Taquari, uma ponte de concreto foi levada pela enxurrada enquanto a prefeita da cidade, Gisele Caumo (PP), gravava um vídeo de alerta próximo ao local. Ninguém ficou ferido.

Em São Sebastião do Caí, o nível do rio Caí atingiu 16,7 metros na madrugada desta quarta, o maior já registrado na história. O recorde anterior era de 16 m em novembro de 2023, quando cerca de 80% da zona urbana foi afetada. Até então, o maior nível era de 14,8 m na enchente de julho de 2011.

A prefeitura anunciou que dois helicópteros do Exército Brasileiro vão chegar à cidade pela tarde para auxiliar no resgate de moradores. “A demanda por resgates está muito além da capacidade das equipes que estão trabalhando incansavelmente desde a noite de segunda-feira”, comunicou a administração.

Em São Vendelino, também no vale do Caí, as chuvas fizeram o arroio Forromeco transbordar, e causaram deslizamentos de terra e bloqueio da RS 122.

O governo do Rio Grande do Sul também informou que 299 escolas estaduais foram afetadas pelas chuvas em 109 municípios. As aulas foram suspensas parcialmente em 34 delas e totalmente em 154.

“A Secretaria de Educação, em parceria com Secretaria de Obras Públicas, irá avaliar a estrutura das escolas e a necessidade de intervenção ou de vistoria – até o momento 39 escolas em dez regiões registraram danos por conta das chuvas”, diz comunicado do governo.

PREVISÃO É DE MAIS CHUVA PARA O ESTADO

A Defesa Civil alertou que as fortes chuvas que atingem o estado devem continuar com alta intensidade até sexta-feira (3). Os maiores volumes de chuva para a região são esperados nesta quinta-feira (2), com acúmulos de até 300 mm.

Há um alerta válido até as 17h para chuvas intensas, ventos fortes, descargas elétricas e risco de granizo e alagamentos para as regiões das Missões, Noroeste, Central, Costa Doce, dos Vales e do Litoral Norte.

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