Pastor que culpou crianças por assédio incentiva violência doméstica e dá dicas para esconder hematoma: “coloca esparadrapo”

Religioso, que é líder da igreja evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, já havia sido criticado por diversas celebridades após primeira fala

Samuel Leão Samuel Leão -
Pastor Jonas Felício, de Goiânia. (Foto: Reprodução//Youtube)

Um pastor de Goiânia, que já havia repercutido negativamente e em escala nacional, após comentar sobre abusos sofridos por crianças, voltou a dar o que falar.

Desta vez, por conta de um vídeo no qual conta como “esconder hematomas” de brigas no relacionamento. A fala foi registrada voltou a alimentar polêmicas e críticas.

“Deixem para brigar quando estiverem longe dos filhos, manda ir lá para a casa da vó dele e aí, você e sua esposa, pega na briga, rola. Se tiver algum hematoma, cobre com esparadrapo, esqueça esses traumas, dê graças a Deus por você ainda estar com vida”, disse.

Jonas Felício Pimentel é líder da igreja evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, e já havia causado revolta nas redes sociais ao comentar sobre situações de abusos cometidos contra crianças, quando insinuou que as vítimas também teriam culpa.

“Existem situações que quando acontece um abuso de uma criança, a criança é também culpada, porque ela deu lugar. Crianças também têm culpa, têm participação, mas não todos os casos. Eu quero deixar isso bem claro”, expressou.

Ao longo do discurso, o religioso comentava o caso de um criança, de apenas 5 anos, que havia sido abusada sexualmente por primos. Ele ainda disso que os pais devem proibir os filhos de dormirem em casas alheias, inclusive de parentes, para evitar possíveis abusos.

O trecho polêmico estampou várias páginas de notícias, gerando revolta até entre celebridades, como foi o caso de Xuxa Meneghel e Gusttavo Lima.

Mais casos

Ainda em 2021, a igreja do pastor Jonas Felício foi palco de outra controvérsia. À época, o pastor Joaquim Gonçalves Silva, de 85 anos, que também atua na unidade, foi alvo de uma investigação por abuso e importunação sexual, que teria sido cometido contra quatro fiéis.

Sobre a fala relativa aos esparadrapos, o pastor ainda não emitiu nenhum posicionamento oficial. Já sobre o primeiro caso, que eclodiu na terça-feira (30), expressou que tudo era um “contexto de alerta”.

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