Chuvas intensas em pouco tempo acendem alerta para 27 pontos de alagamentos em Aparecida
Defesa Civil lista cuidados que população deve ter para não ser surpreendida durante tempestades
O período chuvoso de 2024 já pode ser considerado histórico na Grande Goiânia. A pouco dias para novembro acabar, a região já registrou 205 mm dos 216 mm esperados para o mês, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).
É justamente o grande volume de chuvas que influencia em pontos de alagamentos nas cidades. Em Aparecida de Goiânia, a Defesa Civil tem catalogado 27 locais que exigem atenção do órgão quanto ao cenário.
Entre eles, 12 são mais críticos, informa o superintendente da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia, Roneiron Sousa. “Temos pontos na BR-153, no anel viário, em bairros e regiões extremamente movimentadas”, apontou.
Ele também considera a mudança no perfil de ocorrência das chuvas para justificar que, mesmo em locais com infraestrutura organizada, os alagamentos têm se intensificado. “De uma realidade de chuvas brandas em maior espaço de tempo, hoje se tem um volume muito grande em poucas horas”.
Com esse indicativo, a infraestrutura ajuda, mas não é suficiente para evitá-los, incrementou Roneiron. “Mesmo com obras adequadas, o volume é tão grande que as bocas de lobo não comportam a entrada desse volume de água e ali acaba se tornando um ponto de alagamento”.
Sempre alerta e com ajuda da tecnologia
Considerando o comportamento das chuvas, o superintendente destacou o serviço integral do serviço da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia a uma ferramenta tecnológica que auxilia no trabalho do órgão.
Atualmente, o município conta com um sistema de pluviometria que tem à disposição equipamentos que captam o volume de chuva de forma exata em 11 regiões distintas da cidade.
“Hoje, se chover em determinado ponto, eu tenho condição de apurar o volume. Ao mesmo tempo posso aferir se choveu na cabeceira de um córrego. Eu consigo identificar e ir até os pontos influenciados pedindo para a sociedade ficar em alertar ou, se for o caso, evacuar o local para que não se perca vidas”, afirmou.
Cuidados
A ferramenta tecnológica ajuda, mas o superintendente complementa divulgando comportamentos de segurança em meio às condições de alagamento.
O especialista citou que independente da localização do ponto alagável, o cuidado é o mesmo. “Se a água chegar na altura da roda do veículo ou se a enxurrada estiver forte, evite de transitar nesses locais”.
Roneiron complementou que ter paciência é outro segredo. “Não há tempo que pague a sua vida. Se você pode esperar 10, 20 minutos ou que seja uma, duas horas, para que esse volume de água escoe, é muito mais seguro do que se tentar enfrentar”, afirmou.
Além dos cuidados visuais, o superintendente alertou para o que pode estar por baixo das águas. “Pode ter uma grande cratera”. O especialista lembrou de casos em que motociclistas são empurrados para córregos pela força da enxurrada.
“A orientação é procurar um lugar seguro e parar”, recomendou. Agora, caso o piloto seja surpreendido no trânsito, o recomendado é abandonar o veículo, disse.
Ele complementou dando um recado a quem estiver em casa. ”A não ser que não seja uma emergência, não saia”, pontua.
Aliando tecnologia às recomendações de segurança, o superintendente reforçou o trabalho integrado as defesas civis municipais e estadual. “Apesar de sermos independentes, temos trabalhado em conjunto”, finalizou.