Reginaldo Manzotti critica igreja evangélica: “dá seu Fusca que Deus te devolve uma Limusine”

Padre cantor também declarou que a chamada 'lei de gêneros' não pode passar goela abaixo de todos

Da Redação Da Redação -

A entrevista do padre Reginaldo Manzotti na edição de sexta-feira (23) do programa Morning Show da Rádio Jovem Pan, em São Paulo, continua rendendo polêmica.

O sacerdote, que também é cantor, foi direto ao ser questionado pelos apresentadores sobre o crescente aumento de evangélicos e a diminuição de católicos no Brasil.

“É engraçado fazer uma proposta assim ‘me dá seu Fusca que Deus te devolve uma Limusine’. Isso atrai, né? Ou ‘vem para cá que resolvo todas as suas crises’. Eu não falaria que Deus vai curar suas doenças. Isso chama teologia da prosperidade. Nós, católicos, não fazemos isso por que não é verdade. É uma forma de ludibriar as pessoas. Então o número de evangélicos cresce porque, em um momento de crise, alguns líderes oferecem respostas fáceis para problemas graves”, disse.

Sobre a homossexualidade, Manzotti ressaltou que, mesmo tendo regras claras, a igreja está aprendendo a conviver com o tema.

“Ainda acredito na criação. Deus fez o ser humano. Quando a grávida faz um exame na barriga e ele mostra um ‘pipi’, o bebê é homem! Não pode chegar uma lei de gênero e passar isso goela abaixo de todos. A igreja tem regras claras. Mas repito que isso não significa exclusão”, explicou. “Está difícil ser padre hoje em dia. Temos que dizer coisas que não agradam. mas não podemos ficar em cima do muro, temos que nos posicionar. Nenhum padre está autorizado a ser partidário, mas somos, sim, politizados”, acrescentou.

O padre também defendeu a forma com que o Vaticano tem lidado com pontuais casos de abuso sexual e pedofilia envolvendo representantes da igreja católica.

“É de fato uma ferida. Começou a mudar com o Papa Bento XVI, que teve coragem de colocar a mão ali e dizer ‘tolerância zero’. Acontece que esses casos são exceções. Qual instituição que não tem problemas? A igreja está cuidando das vítimas e dos padres. O erro é que me sinto estigmatizado. Tem bullying e preconceito acontecendo. Padre hoje ou é pedófilo ou é viado ou é comedor. Porque não acreditar que maioria é sério? O padre virou um sujeito suspeito”, criticou.

Assista a entrevista completa

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