Vereadores criticam transferência de presos de Aparecida para novo presídio de Anápolis

Amilton Filho, presidente da Câmara, afirma que toda a classe política da cidade tem se mobilizado para tentar resolver o entrave

Da Redação Da Redação -

A Câmara Municipal repercutiu, na sessão ordinária de segunda-feira (06), a transferência de quase 600 presos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, para o novo presídio de Anápolis.

Segundo o vereador Antônio Gomide (PT), os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram “atropelados” em suas soberanias. Para ele, é preciso uma união para resolver o problema, pois o prazo dado pelo Judiciário local, de retirada dos presos até dia 18, não será cumprido.

Gomide disse ainda que o novo secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Ricardo Balestreri, provavelmente nem sabe onde fica Anápolis. O vereador ironizou que a transferência dos presos tratava-se do “presente” que o governador Marconi Perillo deu para Anápolis, já que não tinha oferecido nada de positivo quando esteve na cidade, no aniversário da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia).

Mauro Severiano (PSDB) chamou a transferência dos presos de “presente de grego” do governador. “Parabéns à Câmara Municipal, que repudiou aquele ato com uma nota publicada na internet”. O tucano lamentou o fato de Marconi Perillo ter viajado para Dubai, mesmo que em missão oficial, enquanto essa atitude contra Anápolis era tomada.

Para Jean Carlos (PTB) a transferência dos presos foi ilegal. “O Município, inclusive, pode interditar o prédio do novo presídio, pois ele não tem licenciamento ambiental, licenciamento da Vigilância Sanitária e outros documentos. Temos que tomar atitudes mais enérgicas”.

Jean disse ainda que infelizmente acredita que a decisão do Judiciário local, de retirada dos presos em 15 dias, não será cumprida, por isso é preciso recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). “O que hoje é provisório, vai acabar virando permanente”. O vereador cobrou ação dos superintendentes anapolinos no Governo de Goiás, como a responsável pelos Direitos Humanos, Onaide Santillo.

Presidente da Câmara, o vereador Amilton Filho (SDD) também manifestou sua indignação e disse que toda a classe política da cidade tem se mobilizado para tentar resolver o entrave. Ele informou que foi até a POG, verificar o andamento da obra de reforma, e também esteve no novo presídio de Anápolis.

“Inclusive buscamos saídas jurídicas para essa situação, mas já tivemos a informação que a transferência dos presos teve o respaldo do presidente do Tribunal de Justiça”, disse Amilton.

Amilton Filho frisou que até mesmo o novo presídio, quando tiver a saída dos quase 600 presos, precisará de uma reforma, pois lá já aconteceu uma pequena rebelião, danificando a infraestrutura de algumas celas.

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