Lei que permite mulheres e idosos de Anápolis descer fora do ponto deve ser sancionada

Projeto se arrastava na Câmara Municipal desde 2014 e deve valer para desembarques feitos após às 22h

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Tramitando desde 2014 na Câmara Municipal, o projeto que garante o direito de mulheres e idosos de Anápolis descer do ônibus fora do ponto após às 22h está prestes a virar lei. É que a matéria será votada em segundo turno na próxima sessão ordinária e encaminhada para a sanção do prefeito Roberto Naves (PTB).

Em conversa com a reportagem do Portal 6, o vereador Lisieux José Borges (PT), autor do projeto, explicou a demora na aprovação da matéria. Segundo ele, vários setores precisaram ser consultados e outras responsabilidade assumidas por ele no parlamento também atrapalharam.

“Me tornei presidente da Câmara pouco depois de apresentar o projeto. O aumento das atividades dificultou para que o andamento fosse mais ágil. Agora tenho mais tempo de cobrar celeridade. A CMTT, em todo esse tempo, também não nos informou sobre as rotas e passageiros. Foi a Urban que nos passou esses dados recentemente”, contou.

A Urban, aliás, passou a apoiar a iniciativa. Situação que segundo Lisieux era totalmente adversa há tempos atrás.

“Se tentássemos aplicar a lei quando a Urban começou encontraríamos muitas dificuldades, pois eles só queriam cumprir o que estava no contrato. Agora tudo está correndo bem para que ela seja cumprida, pois percebo que estão se preocupando em se inserir nas questões sociais e vendo que vale a pena investir em Anápolis. O próprio Carlos Leão [Diretor Jurídico da Urban] esteve comigo para dizer que apoia a causa”.

Emendas

Na votação em primeiro turno da última quarta-feira (14), três emendas foram aprovadas no projeto. Duas delas estabelece que as crianças e portadores de deficiência sejam incluídos e colocam sob os motoristas a responsabilidade para avaliar a segurança da parada;

Após a sanção, a empresa de transporte coletivo terá de fixar informativos nos ônibus explicando a quem se aplica a nova lei.

“Espero que traga os benefícios propostos, mais segurança e a flexibilidade. Em alguns lugares a iniciativa foi dos próprios motoristas e como alguns não se sujeitavam a essa gentileza, acabou tornando lei. Aqui não seria problema porque o horário é apropriado para isso, porque tem baixo fluxo de passageiros. Não atrapalha o trajeto, vai ser tranquilo e não vai mudar muito para os motoristas. Não tem dificuldade na aplicabilidade da lei”, aposta o petista.

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