Por mês, caças da Base Aérea de Anápolis interceptam até 12 aviões no ar

Esquadrão Jaguar faz defesa do espaço aéreo do Centro-Oeste brasileiro, impedindo que aeronaves com drogas de países como Paraguai e Bolívia aterrize por aqui

Da Redação Da Redação -

A Base Área de Anápolis não existe apenas para levar os filhos nas apresentações do Portas Abertas. Por traz de todo aquele complexo militar, existem profissionais que trabalham duro para proteger a região Centro-Oeste, onde está Goiás e a capital do Brasil.

Todos os dias, os caças supersônicos passam por treinamentos que desafiam as leis da gravidade. Durante uma hora, são disparados tiros, bolas de fogo e fazem até reabastecimento das aeronaves no ar. Toda essa aventura faz parte do treinamento de combate dos militares do 1º Grupo de Defesa Aérea (1° GDA), também conhecido como Esquadrão Jaguar.

Os exercícios são realizados para fazer com que os pilotos atuem com exatidão na proteção dos estados. Desde 2004, a Força Aérea Brasileira (FAB) já realizou mais de 2 mil interceptações de aeronaves suspeitas no país. Por mês, esse número chega em média a 12 e geralmente os maiores alvos são aeronaves carregadas de drogas, oriundas de outros países fronteiriços como o Paraguai e a Bolívia.

Durante em treinamento, ou até mesmo em ação, as normas estabelecem que se o piloto oponente não quiser seguir as ordens da defesa aérea, uma série de procedimentos são iniciadas e podem chegar até em tiros de destruição total.

Ainda entre as atividades, os pilotos são selecionados um por vez para ocupar o cargo de “alerta”, onde o militar fica 24 horas como vigia e, em caso de soar a sirene, em menos de cinco minutos, ele deverá estar dentro da aeronave para começar a missão. Geralmente, o comando não avisa quando é treinamento ou real.

Além do piloto, uma equipe de apoio também é mantida em alerta, como mecânico da aeronave, mecânico de armamento e auxiliar do mecânico.

Riscos

Após entrar na aeronave, o piloto fica sujeito à diversas situações e problemas, como a falta de água no organismo. O tenente-coronel aviador Paulo Cezar Fischer da Silva disse em entrevista ao site Metrópoles que em razão do forte impacto de cada voo, os militares precisam passar por vários treinamentos físicos específicos.

“Também é necessário foco para executar o que lhe foi ordenado, uma vez que ele não tem autonomia para decidir sobre o que vai fazer. Apenas informa as condições ao controlador e cumpre o que é determinado”, explicou.

Com a gravidade, os militares podem até desmaiar dentro das aeronaves. Mas as roupas usadas são feitas para inflar e fazer com que eles recobrem a consciência mais rápido.

Antigamente, quando os militares precisavam disparar nos adversários, era necessário se posicionar atrás dele. Agora, apenas um capacete pode solucionar todo o problema. Isso porque o equipamento permite que os pilotos mirem em seus alvos apenas com o movimento da cabeça.

Conteúdo originalmente publicado em teamoanapolis.portal6.com.br

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