Greve dos caminhoneiros na BR-153 em Anápolis entra no 4º dia consecutivo

Cerca de 350 caminhões já participam da paralisação, que ainda não tem previsão para ser encerrada na cidade

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Nem mesmo o decreto do presidente Michel Temer, que autoriza o uso das forças armadas para liberar as rodovias federais do país, causou impacto na paralisação dos caminhoneiros.

Em Anápolis, neste sábado (26), o movimento entra no quarto dia consecutivo de mobilização bloqueando o Km 432 da BR-153, na altura do Village Jardim, bairro da região Norte da cidade.

Os sindicatos dos caminhoneiros reivindicam a redução no preço do óleo diesel, criação de uma tabela compensatória que os pague por quilômetro rodado e também a aprovação de um projeto de lei que estabeleça o piso para o valor do frete de combustíveis no país.

Um dos organizadores da manifestação e caminhoneiro há 32 anos, Itamar Moreira dos Santos contou ao Portal 6 que a indignação é geral por parte dos grevistas mediante as recentes ações do governo.

“Está todo mundo contrariado, mas nós não vamos parar. Toda vez é assim, o governo pede prazo para solucionar e nada acontece. O certo é acatar a reivindicação, porque a categoria não quer nada além do justo. Nós não queremos isso para ficar ricos, só queremos condições para trabalhar. Hoje 60% do que se ganha com um frete fica só no óleo diese. Não tem jeito de continuar assim”, disse.

Conforme Itamar, cerca de 350 caminhões, vindos de diversos estados do país, já fazem parte da movimentação em Anápolis.

“Aqui tem pessoas do Paraná, Rio Grande do Sul, Nordeste. A população também está apoiando em peso. Toda hora para um carro aqui pedindo para pintarmos o caso em favor da luta. Em nenhum desses dias também não nos faltou nada. Sempre um empresário, comerciante e também os motoristas que passam vem e dão água, comida. Estamos aplaudindo, porque muita gente aqui e a população não nos deixa faltar nada”, relatou.

Na cidade já existe a preocupação que possa haver desabastecimento nos postos de gasolina ainda neste final de semana. No entanto, os manifestantes reafirmam constantemente que toda a paralisação é pacifica e não quer confrontar a população.

“A população está com a gente, não queremos prejudicar ninguém. Carros estão passando, tudo relacionado a hospital está passando, ônibus também estão trabalhando normalmente. Isso aqui não é um bloqueio, é apenas nossa reivindicação por condições melhores de trabalho”, afirmou Itamar.

Até a publicação dessa reportagem, a PRF contabilizava 30 pontos de interdição em decorrência da greve de caminhoneiros em rodovias federais que cortam o estado. Os trechos podem ser conferidos a seguir.

BR 050

Km 273 em Catalão
Km 270 em Catalão
Km 279 em Catalão
Km 283 em Catalão

BR 060

Km 190 em Guapó
Km 306 em Acreúna
Km 379 em Rio Verde
Km 388 em Rio Verde
Km 383 em Rio Verde
Km 373 em Rio Verde

BR 080

Km 120 em Barro Alto

BR 153

Km 76 em Porangatu
Km 201 em Uruaçu
Km 515 em Aparecida de Goiânia
Km 699 em Itumbiara
Km 703 em Itumbiara
Km 357 em Jaraguá
Km 321 em Rianápolis

BR 158

Km 157 em Caiapônia

BR 364

Km 06 em São Simão
Km 08 em São Simão
Km 112 em Aparecida do Rio Doce
Km 193 em Jataí
Km 197 em Jataí
Km 300 em Mineiros

BR 414

Km 203 em Niquelândia
Km 394 em Corumbá de Goiás

BR 452

Km 135 em Bom Jesus de Goiás
Km 196 em Itumbiara
Km 05 em Rio Verde

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