Prestes a fazer um ano, e com sucesso, por que a Café S/A está deixando Anápolis?

Em entrevista ao Portal 6, o proprietário da marca apresenta seus motivos e também oferece ponto

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Famosa em Anápolis pelos produtos diferenciados e já consagrada como um dos principais pontos de encontro dos anapolinos, a Café S/A deverá encerrar definitivamente suas atividades na cidade no final de setembro.

Diferentemente de outras cafeterias que fecharam por dificuldades financeiras, como a Cavalo de Raça, a marca alega ter recebido uma proposta para atuar em Goiânia.

Proprietário da Café S/A, André Rebustini contou ao Portal 6 que o principal objetivo da mudança é crescer e, futuramente, poder retornar ao município com uma franquia.

“Se fôssemos para Goiânia e aqui continuasse funcionando, não conseguiríamos manter o padrão de qualidade que exigimos. Agora, nós preferimos estar dentro do negócio. Nossa perspectiva é abrir três lojas até 2021 e então começar com franquias. Vamos fazer um nome legal na capital e se alguém aqui em Anápolis tiver interesse, trazemos a franquia”, explicou.

Conforme o empresário, foram necessários dois anos de estudo intenso para que a cafeteria fosse inaugurada na cidade e a receptividade foi surpreendente. Ainda nesse período de funcionamento, o espaço foi considerado pela Revista Espresso uma das 10 melhores cafeterias do Brasil.

“Quando eu e minha esposa falamos que trabalharíamos com um café especial na cidade, muitos disseram que não daria certo. Nós inauguramos em setembro de 2017 e várias vezes tivemos até fila de pessoas lá fora. Nós unimos um café diferenciado com o conceito de Starbucks e isso marcou muito. Nossa empresa é sadia e nosso movimento é muito intenso, mas sentimos que a oportunidade de Goiânia é irrecusável e é o momento de irmos embora”, disse.

Dentre as motivações para a mudança, André informou que quer também ensinar outras pessoas que tenham interesse em aprender mais sobre a qualidade dos grãos oferecidos pela Café S/A.

“Em Goiânia nós vamos montar uma escola de baristas, algo que só existe em Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Rio Grande do Sul. Também queremos entrar no varejo e fazer uma assinatura, onde os clientes receberão um café especial e uma explicação das características daquele grão, além de também começarmos a fabricar cápsulas biodegradáveis para máquina de expresso”, acrescentou.

Ponto de comércio

Apesar do fechamento, André está repassando o ponto onde a cafeteria funciona para o caso de outras pessoas terem interesse de manter o negócio.

Com exceção do nome da marca, que será retirado, o empresário afirmou que os interessados em adquirir o local poderão ficar com todos os equipamentos e receberá também apoio na produção e contatos dos melhores fornecedores.

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