Operação que prendeu prefeito em Pernambuco também cumpriu mandado em Anápolis

Investigações da Polícia Federal identificaram transferências superiores a R$ 90 milhões em esquema fraudulento

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Polícia Federal investigação. (Foto: Reprodução)

Força-tarefa da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (19), a Operação Abismo prendeu o prefeito de Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife (PE).

Lula do Cabral (PSB) é acusado de comandar fraudes no sistema previdenciário daquele município no valor de R$ 90 milhões. O esquema criminoso, no entanto, envolve inúmeras outras pessoas em todo o país, incluindo Anápolis.

A ação está sendo tratada com extremo sigilo pela Justiça, Ministério Público e Polícia Federal.

Procurado por telefone pela reportagem do Portal 6 para falar sobre o desdobramento da operação em Anápolis, o delegado federal Antônio José dos Santos disse que não podia falar sobre o assunto.

No entanto, o site soube por uma fonte de dentro da corporação que um dos dois mandados de prisão e busca e apreensão foi sim cumprido aqui cidade.

A operação Operação Abismo conta com a participação de 220 policiais para o cumprimento de 42 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Fraude milionária

Investigações iniciadas em março de 2018 identificaram transferências superiores a R$ 90 milhões do instituto para fundos de investimento compostos pelos chamados ativos podres – fundos sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, o que, segundo a Polícia Federal, coloca em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.

Por meio de nota, a Polícia Federal informou ter coletado indícios de que a alteração na carteira de investimentos do Instituto de Previdência foi feita “a mando do prefeito do aludido município, por meio de ingerência inadequada na administração daquele órgão, em razão do oferecimento de vantagem indevida”.

Ainda segundo a Polícia Federal, se condenados, os envolvidos com o esquema poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva.

*Com informações da Agência Brasil

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