Juiz de Anápolis nega prisão de empresário de família árabe que espancou a ex-namorada

Imagens da agressão repercutiram em toda a cidade e a vítima, que teme ser morta, se arrepende de ter denunciado o caso

Da Redação Da Redação -

O juiz Ricardo Silveira Dourado, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Anápolis, negou o pedido de prisão preventiva contra o empresário Gustavo Lourenço Assad Nasser, de 26 anos.

Pertencente à uma família árabe e rica de Anápolis, o jovem está sendo investigado por espancar a ex-namorada, de 27 anos, no último dia 15 de março, no bar Belfast Hookah Lounge, do bairro Maracanã.

Para o magistrado, o histórico de violência aos quais Gustavo já responde na Justiça não são suficientes para privá-lo da liberdade. Ricardo Silveira também mencionou que o empresário ainda é réu primário.

“Ademais, em que pese os delitos terem sido cometidos com violência e grave ameaça, a representação pela prisão preventiva baseia-se que representado Gustavo cometeu reiteradas vezes os delitos em desfavor da vítima, o que não é o caso”, escreveu

Na decisão, consta ainda que a medida protetiva que impede o jovem de se aproximar da ex-namorada não foi quebrada. Gustavo chegou a mandar mensagens à vítima, mas aconteceu dias antes de a medida ser determinada e os textos não tinham ” cunho ameaçador, que pudesse trazer temor ou medo”.

Em conversa com a reportagem do Portal 6, a jovem, que não será identificada, alega estar arrependida de ter denunciado o caso, pois continua se sentindo desprotegida e exposta.

“Deveria ter ficado calada. Só quem sofreu fui eu e isso não importa. Eu quero justiça. Quero que ele pague pelo que fez e quero que as autoridades façam alguma coisa”, disse.

Relembre o caso

A vítima se relacionava com Gustavo há seis meses e decidiu terminar tudo após o empresário ter uma crise de ciúmes.

“Eu fui para o bar dele com uma amiga, nisso ele já começou a ter uma crise de ciúmes, me jogou no chão. Lá mesmo eu terminei com ele e pedi para ele não me procurar nunca mais. Eu fui embora e o Gustavo ficou, mas quando o bar fechou ele foi atrás de mim”, contou.

Câmeras de segurança mostram quando o empresário chega e toca a campainha. Percebendo que a mulher não iria atendê-lo, Gustavo aproveita quando um carro deixa o edifício e, antes que o portão se feche, entra correndo pela garagem.

Dentro da casa, a vítima conversava com um amigo e, percebendo que ela estava acompanhada, o empresário teve outro acesso de raiva. Com uma faca nas mãos disse que mataria os dois e o rapaz teve de correr para o banheiro para não ser morto.

Gustavo ainda tentou arrombar a porta para alcançá-lo, mas não conseguiu. Ele então pegou a vítima pelos cabelos e a direcionou até o carro dele, que estava na porta do prédio

A vítima relata ter apanhado durante todo o percurso até que passaram em frente a casa do amigo dela e viram que o veículo dele estava na porta. Gustavo desceu para quebrá-lo e ela assumiu a direção, fugindo até um posto de gasolina, onde acionou a Polícia Militar.

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