Menores contam porque decidiram fugir de orfanato em Anápolis

Após dormirem no Parque Ipiranga, eles foram vistos com frio e fome por populares

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

As sete crianças e adolescentes encontrados no início da manhã desta quinta-feira (25), no Parque Ipiranga, no bairro Jundiaí, devem retornar ainda hoje para o Instituto Cristão Evangélico de Goiás, localizado no Jardim das Américas 1ª Etapa, na região Nordeste de Anápolis.

A reportagem do Portal 6 apurou que o sumiço dos menores só foi notado pelos funcionários do orfanato no final da tarde de ontem (24), com a troca de plantão.

A adminstração do local chegou a registrar o episódio na Polícia Civil e acionou o Conselho Tutelar, mas apenas uma delas foi achada no mesmo dia.

Os menores contaram ao radialista Marcelo Santos, da Rádio Manchester News FM, que fugiram do abrigo porque eram maltratados.

“Nóis fugiu dessa vez por causa que ela ameaçando a gente e falou que se a gente fugir não vai atrás da gente (sic)”, disse uma das cinco meninas. Outros dois garotos, com idade entre 11 e 15 anos, estavam no grupo.

Todos eles foram vistos com frio por pessoas que fazem caminhada no parque por volta das 06h. A Polícia Militar foi acionada e os menores contaram como foram parar ali.

‘Tínhamos uma viatura próxima e nos deslocamos para o parque. Inicialmente, as crianças disseram que eram de Goiânia, mas depois admitiram que haviam fugido do instituto’, disse ao Portal 6 o tenente Barroso, chefe do plantão no Comando de Policiamento Urbano do 4º BPM.

‘Eles também disseram que queriam sair para comer coisas diferentes e vieram a pé para o parque’, emendou.

Juntos, os vigias, populares e policias compraram café da manhã para as crianças, que estavam com fome.

Silêncio

A reportagem entrou em contato com o Instituto Cristão Evangélico de Goiás, mas ninguém da direção quis falar oficialmente.

Questionado sobre o episódio, um funcionário negou que os menores são maltratados e se recusou a dizer se já houve alguma outra fuga no local.

‘Não posso dar mais detalhes. Essas são coisas que não podem ser informadas’, desconversou.

*Colaborou Matheus Brandão, estagiário do Portal 6 pelo convêncio IEL

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