Dengue já tirou a vida de cinco pessoas em Anápolis e o número pode aumentar

Mais de 1,3 milhão de propriedades já foram vistoriadas e 531 toneladas de lixo recolhidos neste ano. Período chuvoso começou e Prefeitura pede ajuda da população

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Agente combate foco de reprodução do mosquito da dengue. (Foto: Reprodução)

Dos 12.881 casos de dengue notificados em Anápolis até o início de outubro de 2019, 10.496 foram confirmados. Obtidos pelo Portal 6, os dados são da Gerência de Vigilância Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

Comparado com o mesmo período de 2018, em que foram notificados 2.966 casos, a cidade teve um aumento de 334%. No entanto, conforme a Semusa, este crescimento é natural porque o ciclo do vírus se modifica a cada três anos. Levando em consideração 2016, último ano endêmico, que registrou 15.084 casos, a queda foi de 15%.

Em parceria com a Ala 2 (antiga Base Aérea), os agentes de endemias haviam visitado 1.323.561 propriedades em Anápolis até o início de outubro . De acordo com a Gerência de Vigilância Epidemiologia, além de 531 toneladas de pneus inservíveis, mais de 30 toneladas de lixo de imóveis críticos foram recolhidos.

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Dengue em toda a parte

Até o momento, um total de cinco pessoas já morreram em Anápolis tendo a dengue como consequência e o número pode aumentar. Vila Jaiara, Centro, Recanto do Sol, Jardim Alexandrina, Jundiaí, Boa Vista, Bairro de Lourdes, JK Nova Capital, Parque Residencial das Flores e Setor Industrial Munir Calixto são os bairros da cidade com a maior incidência de dengue.

Esse ranking, elaborado pela Gerência de Vigilância Epidemiologia, mostra que a doença está sendo transmitida pelo Aedes Aegypti em todas as regiões da cidade. Com o lema É chato ficar repetindo… Mas essa luta precisa de você, o prefeito Roberto Naves (sem partido) lançou no último 21 de outubro a campanha #AnápolisContraOMosquito.

“Os agentes não param. É um trabalho contínuo, mas agora com o início do período chuvoso será intensificado e por isso chamamos a sociedade para nos ajudar”, explicou o gestor municipal na ocasião. E esse chamado foi acatado prontamente pela Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e Tiro de Guerra (TG).

Para a agente de Endemias Elaine Cardoso, a comunidade precisa receber e ouvir os profissionais. “Com os cuidados e orientações que levamos de casa em casa podemos eliminar os criadouros do mosquito”, explicou a servidora.  E é necessário que cada um faça a sua parte. “Sem o envolvimento da população é impossível obtermos um resultado positivo e determinante contra o Aedes”, frisou a gerente de Epidemiologia, Patrícia Godói.

(Foto: Divulgação)

Como prevenir a dengue?

Segundo o Ministério da Saúde, a melhor forma de prevenção é evitando a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada de locais que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. Atualmente, existe apenas uma vacina contra dengue registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ela não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Gerência de Vigilância Epidemiologia, em casos de suspeitas, a população pode procurar as unidades públicas de saúde de Anápolis.

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