Após pagar fiança, mulher que disse que não gostava de negros e admitiu ser racista é solta

"Em pleno século XXI acontecer uma coisa dessas, não podemos deixar, não. Eu quero é justiça", afirmou o taxista que também levou cusparada dela

Da Redação Da Redação -

Natália Burza Gomes Dupin,  de 36 anos, pagou R$ 10 mil de fiança e foi solta neste sábado (07) após passar por audiência de custódia. Ela estava presa desde quinta-feira (05) sob suspeita de cometer injúria racial contra um taxista em Belo Horizonte (MG).

“Eu não ando com negro, eu sou racista, sou racista mesmo”, teria dito ela a Luís Carlos Alves Fernandes, de 51 anos. O taxista também denunciou que levou uma cusparada nos pés após ouvir as palavras. Na ocasião, a Polícia Militar (PM) foi imediatamente chamada até o local da ocorrência.

Além de detê-la, a corporação também precisou conter populares que se revoltaram com a situação e tentavam agredi-la. “Eu nunca passei por isso. É a primeira vez. A gente acompanha no jornal e fica triste. Quando acontece com a gente é que vemos a dor que sentimos, mas isso não vai me abalar”, afirmou o taxista ao jornal O Tempo.

Natália Burza Gomes Dupin também teria se negado a dar informações a um policial por ele ser negro. Na delegacia, quando uma policial que pediu para ela se sentar e aguardar, teria sido chamada de “sapata” pela mulher. “Essa merda entrou na minha frente”, completou se referindo à agente.

Em liberdade, ela responderá pelos crimes injúria racial, desacato, desobediência e resistência. “Em pleno século XXI acontecer uma coisa dessas, não podemos deixar, não. Eu quero é justiça”, sintetizou o taxista Luís Carlos Alves Fernandes.

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