“Municipalizar não foi possível”, disse Roberto ao assinar novo contrato com a Saneago

Experiências recentes, como as que ocorreram na Celg, BR-060 e Cachoeira Dourada, são a prova disso, segundo o prefeito

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Centenas de pessoas, entre políticos e autoridades, estiveram no Parque da Cidade, no final da manhã desta quinta-feira (27), para acompanhar a assinatura do contrato da Prefeitura de Anápolis com a Saneago.

Bem organizado, o evento serviu também para explicar didaticamente que o novo acordo com o Governo de Goiás é mais vantajoso e garantista para o município. O mesmo pôde ser notado no discurso da direção da empresa e nas palavras do governador Ronaldo Caiado (DEM) e do prefeito Roberto Naves (PP).

Tanto na coletiva de imprensa quanto no púlpito, o chefe do Executivo local buscou explicar porque a proposta de municipalizar os serviços de água e esgoto, feitos durante a campanha eleitoral de 2016, se tornou inviável.

“Buscamos fazer estudos sobre privatizações e vimos que não dá certo, que o melhor caminho era renovar com a Saneago, que vai buscar os recursos bancários para fazer os investimos necessários”, disse.

Segundo Roberto, a decisão de dar mais uma chance à Saneago e antecipar a renovação de contrato, que só terminaria em 2023, foi norteada após uma comissão técnica chegar a essa conclusão

Um dos motivos elencados pelo prefeito foi o de que as tercerizações recentes prestam mau serviço aos usuários goianos.

“Municipalizar não foi possível porque a cidade não tem a capacidade dos investimentos necessários. Por que não privatizou, prefeito? Olhem o que foi feito com Cachoeira Dourada, Celg com a Enel e a BR-060 com a Triunfo Concebra…”, comparou.

“Nós temos um contrato seguro, que não é mais um contrato de concessão, podemos punir se o serviço não for cumprido. Teremos a participação da população a cada dois anos para discutir o que deve ser feito”, adiantou.

A modalidade de contrato e o valor de quase R$ 600 milhões em investimentos, diluídos em 30 anos, também foram destacados pelo governador e o atual presidente da Saneago, Ricardo Soavinski.

Ambos pontuaram que a companhia tem compromissos a curto, médio e longo prazo com a cidade. Um deles, já em 2020, é o de aumentar para 70 mil o número de usuários anapolinos atendidos com a rede de esgoto e fazer poços artesianos nas regiões mais altas de Anápolis.

A médio prazo, a Saneago prevê a construção de um novo reservatório no município, que seria determinante para solucionar a falta d’água nos períodos de estiagem, entre julho e outubro.

Para isso, são previstos a aplicação de R$ 270 milhões em obras. Os recursos viriam de um financiamento que a estatal conseguiu com a Caixa Econômica Federal exclusivamente para usar em Anápolis.

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