Caiado desiste de novo decreto e evoca responsabilidade dos prefeitos contra o coronavírus

"Não vou colocar algo se não tiver o engajamento da população e das autoridades locais”, garantiu o governador

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Durou quase quatro horas a videoconferência promovida pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) com os prefeitos das 32 cidades mais populosas de Goiás realizada no final da tarde desta segunda-feira (18).

Exibida ao vivo pelas redes sociais, a transmissão alcançou mais de 200 mil internautas, segundo o Palácio Pedro Ludovico.

Todos os prefeitos que quiseram, puderam falar. Chefe do Executivo Municipal de Anápolis, Roberto Naves (PP) sustentou ter feito o ‘dever de casa’ ao estabelecer a matriz de risco do Ministério da Saúde para nortear o grau de isolamento social na cidade.

“Nesse momento, Anápolis se encontra no risco leve. Quando passar de 21% do número de leitos [de UTI exclusivos para pacientes com síndrome respiratória aguda] a cidade já evoluiu para o nível moderado [de isolamento]. Fizemos o dever de casa e preparamos a nossa cidade”, disse.

Caiado lembrou que o decreto que publicou em 19 de abril já havia dado competência aos prefeitos para aumentar a flexibilização da quarentena, mas que essa disposição fez com que o estado caísse de 70% para 37% no índice de isolamento social.

“O Estado se propõe a auxiliar os prefeitos naquilo que cada um entender que é o melhor para a população local, desde que tenham um plano de contingência e outro epidemiológico capazes de dar atenção aos pacientes contaminados”, condicionou.

Por fim, o governador confessou que desistiu da ideia de um novo decreto. Se tivesse sido publicado, o documento começaria a valer a partir desta semana.

Temos percebido a contaminação entrando em Goiás pelos estados do Norte, como Pará e Manaus, passando pelo Tocantins. Mas eu respeito a decisão dos prefeitos. Não existe decreto que funcione sem o compartilhamento de todos os entes federados. Não vou colocar algo se não tiver o engajamento da população e das autoridades locais”, garantiu.

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