Detentos de Anápolis ganharão a oportunidade de trabalhar e estudar dentro da cadeia

Área para criação de um complexo penitenciário industrial já foi reservada e chamamento para empresas interessadas será aberto em breve

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -

Até o final do ano entre 30 e 40 postos de trabalho devem ser criados para os detentos dentro do Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz Ilc, a cadeia pública de Anápolis.

Um área de 360m² já foi reservado para a construção do complexo penitenciário industrial, projeto do Governo de Goiás, Prefeitura de Anápolis, Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e empresariado local.

“Teremos todo um trâmite jurídico, com chamamento de empresas interessadas em participar dessa parceria, estruturando suas linhas de produção no local”, explica Raulison Resende, diretor de Inovação e Tecnologia da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

Segundo ele, um menor custo da mão de obra é um dos atrativos que serão apresentados às indústrias. Inspirada em experiências registradas em outros estados, como Santa Catarina, a ideia permitiu que número de vagas de emprego em Goiás para quem está nos regimes aberto e semiaberto aumentasse 288% no último ano.

Ressocialização

Raulison Resende detalha que através do complexo penitenciário industrial, os detentos terão a oportunidade de diariamente trabalhar 08h e estudar 04h. “Durante o dia haverá oportunidade de trabalho e, à noite, de conhecimento”, diz.

A capacitação deve se dará por meio de uma parceria com a rede do Instituto Tecnológico de Goiás (Itego) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

“Esse projeto deve garantir ao preso acesso a uma profissão e à renda [conforme o artigo 29 da Lei 7.210/84], reduzindo a expectativa de reincidência criminal dentro das unidades prisionais e quando da liberdade”, sinaliza.

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