Vampiro de Niterói, Maníaco do Parque e Pedrinho Matador; relembre alguns criminosos notórios

Buscas por Lázaro Barbosa, conhecido como "serial killer do DF", reuniram dezenas de agentes de segurança

Folhapress Folhapress -
Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque (Foto: Reprodução)

Wesley Faraó Klimpel, de SP – As buscas por Lázaro Barbosa, conhecido como “serial killer do DF”, reuniram dezenas de agentes de segurança, entre policiais civis e militares de Goiás e do Distrito Federal, além de profissionais da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Ele foi capturado e morto nesta segunda-feira (28).

O criminoso baiano tinha quatro mandados de prisão contra ele no sistema administrado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

De acordo com as investigações, Barbosa invadiu uma chácara em Ceilândia (DF), possivelmente para roubar, e matou um casal e dois filhos.

Cláudio Vidal de Oliveira, 48, Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, foram assassinados no local. Os corpos estavam sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas.

Cleonice Andrade, 43, foi levada como refém e seu corpo foi localizado após três dias às margens de um córrego, sem roupas. De acordo com a polícia, ela foi executada com um tiro na nuca.

Barbosa possui condenação por duplo homicídio na Bahia. É considerado foragido da Justiça também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo, acusação que o levou à cadeia em 2013 no DF.

Chamado de serial killer, Barbosa pode não se enquadrar nessa classificação. “Até agora, não há elementos suficientes para classificar sua ação criminosa como a de um serial killer”, afirmou à Folha a criminóloga e escritora Ilana Casoy, autora de livros sobre o tema, como “Arquivos Serial Killer” (DarkSide). “É muito cedo para entendermos se existem questões sociais, psiquiátricas ou biológicas envolvidas.”

Relembre outros assassinos brutais e seus crimes, que geraram grande repercussão nacional.

PEDRINHO MATADOR

Pedro Rodrigues Filho é considerado um dos maiores matadores do país, assumindo a autoria de mais de cem assassinatos. Sua primeira vítima foi o vice-prefeito de Santa Rita do Sapucaí (MG), sua cidade natal, aos 14 anos, em 1968. Segundo ele, o político foi o responsável pela demissão de seu pai. O assassino diz, também, que matou o próprio pai, a quem acusa de ser o responsável pela morte da mãe. A maioria de suas vítimas foram traficantes ou companheiros de prisão. Entre idas e vindas, ele ficou no cárcere por mais de quatro décadas, e hoje, solto, tem um canal no YouTube, onde comenta casos de violência.

O CASO DOS MENINOS EMASCULADOS

Francisco das Chagas Rodrigues de Brito é acusado de matar e mutilar 42 meninos -30 no Maranhão e 12 no Pará. Suas vítimas tinham entre 4 e 15 anos e os assassinatos ocorreram de 1989 a 2003. O mecânico maranhense atraía as crianças para o mato e, após abusar sexualmente delas, as estrangulava e as mutilava, arrancando seus genitais e também alguma parte do corpo, como orelhas ou dedos. Brito foi condenado a mais de 380 anos de prisão.

VAMPIRO DE NITERÓI

Em 1991, Marcelo Costa de Andrade matou ao menos 13 meninos entre 5 e 13 anos e abusou sexualmente de seus cadáveres. Ele ganhou a alcunha de Vampiro de Niterói ao contar que lambeu o sangue da cabeça de uma de suas vítimas. A preferência por garotos, segundo o carioca, é porque um pastor lhe contou que os meninos vão para o céu quando morrem. Ele chegou a ser suspeito pela morte de uma menina, mas negou. “Mulher quando morre não vai para o céu. Além disso, eu nunca gostei de garotas, elas não são tão bonitas quanto os meninos”, disse à Folha em 1993.

SERIAL KILLER DE PASSO FUNDO

Adriano da Silva confessou a morte de 12 meninos, com idades entre 8 e 13 anos, em cidades do Rio Grande do Sul, e foi condenado a mais de 250 anos de prisão. Segundo a acusação, o paranaense oferecia dinheiro e presentes aos garotos para, depois, assassiná-los com golpes marciais e, em alguns casos, violentá-los. A maior parte dos crimes aconteceu em Passo Fundo, em 2002 e 2003.

MATADOR DE TAXISTAS

Preso em 2004, Anestor Bezerra de Lima é suspeito de ter matado 12 pessoas, sendo 10 taxistas. O ex-motorista de ônibus contratava uma corrida com a vítima e, no caminho, a matava com um tiro na cabeça. Os crimes ocorreram no início dos anos 2000 em São Paulo, Rondônia, Minas Gerais e Mato Grosso. Ele foi condenado a mais de 250 anos por roubo, homicídio e latrocínio.

MANÍACO DO PARQUE

O paulista Francisco de Assis Pereira atraía jovens mulheres com a promessa de um ensaio fotográfico e as levava ao parque do Estado, em São Paulo. Lá, as estuprava e torturava, para então estrangulá-las. O motoboy confessou ter matado 11 vítimas em 1998 e foi condenado a quase 270 anos de prisão por homicídio, estupro, roubo e atentado violento ao pudor contra as mulheres que sobreviveram.

MANÍACO DO TRIANON

O paulistano Fortunato Botton Neto, garoto de programa que agia no Parque Trianon, admitiu a morte de pelo menos sete homens, entre 30 e 50 anos, no fim dos anos 1980. Ele costumava embebedar, imobilizar, estrangular e esfaquear as vítimas em seus apartamentos e, depois, as roubava. Morreu em 1997 na cadeia, vítima da Aids.

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